ENERGIA

ABSOLAR destaca impactos negativos do aumento de impostos no setor de energia solar

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) expressou novas preocupações sobre o recente aumento de impostos no setor de energia solar, alertando para potenciais impactos nos investimentos e empregos no Brasil. O governo nacional cancelou recentemente as isenções em equipamentos importados, afetando mais de 85% dos projetos mapeados pela ABSOLAR. Assim, o presidente executivo da associação, Rodrigo Sauaia, criticou a estratégia do governo, destacando que o aumento de impostos prejudica os consumidores e vai contra os compromissos de aumentar o uso de fontes renováveis, além de impactar no número de empregos no setor.

Aumento de impostos pode causar problemas no setor de energia solar

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) não está satisfeita com as novas políticas fiscais do setor de energia solar, propostas pelo Governo. O aumento de impostos, em particular, tem levantado debates sobre os potenciais impactos nos investimentos e empregos no país. O setor de energia solar está enfrentando fortes incertezas sobre os investimentos futuros após o Governo optar por aumentar os impostos sobre equipamentos solares.

Essas mudanças, anunciadas no final de 2023, eliminaram isenções em equipamentos importados, gerando preocupações sobre o cenário do segmento ao longo de 2024. A ABSOLAR, em seu levantamento de novembro de 2023, identificou riscos significativos associados ao aumento de impostos.

Mais de 85% dos projetos anteriormente mapeados pela entidade estão agora ameaçados, totalizando um montante de 18 GW de empreendimentos em energia solar, responsáveis por mais de R$ 69 bilhões de investimentos e 540 mil empregos verdes.

Apesar das recomendações da ABSOLAR ao Governo Federal para preservar isenções sobre componentes específicos, 56 dos 122 ex-tarifários listados pela entidade foram cancelados. A decisão parece estar alinhada à intenção de atrair novos fabricantes solares para o Brasil, mas a ABSOLAR alerta para os danos que essa decisão irá acarretar. 

Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, critica a estratégia de aumentar impostos como meio de desenvolver a indústria solar no Brasil. Em vez disso, ele propõe uma abordagem de política industrial competitiva, incluindo financiamento diferenciado do BNDES, menos impostos para matérias-primas e maquinários industriais, e compras públicas de equipamentos solares fabricados localmente.

Sauaia destaca que o aumento de impostos sobre equipamentos solares prejudica os consumidores brasileiros e a maioria do setor de energia solar. O impacto negativo se torna ainda maior pelo fato de que os fabricantes nacionais existentes atendem a uma pequena parte da demanda, com preços mais altos do que os produtos internacionais.

ABSOLAR afirma que decisão do Governo não condiz com as promessas para o setor

A ABSOLAR afirmou que a decisão do Governo Federal vai contra os compromissos assumidos para aumentar o uso de fontes renováveis no Brasil. Além disso, a associação destaca que o aumento de impostos gera insegurança jurídica e ameaça os investimentos e empregos planejados para o setor até 2026.

Além dos impactos econômicos, a ABSOLAR aponta que a decisão do governo pode dificultar a implementação de programas, como a inclusão de energia solar em projetos habitacionais populares e em prédios públicos. Isso, segundo a associação, contraria os esforços do governo em utilizar a tecnologia para fortalecer programas sociais e governamentais.

Diante desse cenário, a ABSOLAR propõe que o Governo Federal estabeleça um prazo limite até o segundo semestre de 2024 para a inauguração de novas fábricas nacionais de equipamentos fotovoltaicos afetados pelas mudanças. Em caso de descumprimento ou falta de competitividade nos preços, a associação recomenda a retirada dos impostos sobre equipamentos de energia solar a partir de janeiro de 2025. Agora, resta ao mercado das renováveis aguardar os próximos passos do Governo sobre os impostos no segmento.

Andriely Medeiros

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o PetroSolGas.

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