A transição energética do Rio de Janeiro está a todo vapor, e o estado tem grandes planos para liderar esse movimento com a energia eólica offshore e o hidrogênio verde. Com 15 projetos em análise para a construção de fazendas eólicas no mar, o Rio de Janeiro se prepara para um futuro mais sustentável. Vamos entender melhor essa iniciativa e os impactos esperados.
A energia eólica offshore é uma das grandes apostas do Rio de Janeiro. Atualmente, existem 15 projetos em análise, que juntos somam um investimento de US$ 60 bilhões em dez anos. Esses projetos têm o potencial de gerar 24 Gigawatts (GW), o que representa uma parcela significativa da atual capacidade de geração de energia elétrica do Brasil, que é de 202 GW.
Essa iniciativa faz parte do Nova Indústria Brasil, uma política industrial lançada pelo governo federal que visa a redução de emissões de gases de efeito estufa, a bioeconomia e a transição energética. O primeiro desses projetos pode ser da Petrobras, que já assinou um acordo para realizar estudos e iniciar um projeto piloto.
Além da energia eólica offshore, o Rio de Janeiro também está de olho no hidrogênio verde. Esse combustível é produzido a partir de fontes renováveis e tem um enorme potencial para descarbonizar a matriz energética. Karine Fragoso, gerente-geral de Petróleo, Gás e Naval da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), destaca a importância da diversificação energética do estado, que já conta com hidrelétricas, usinas a gás natural e nucleares, além da produção de energia solar.
A transição energética no Rio de Janeiro não significa abandonar as fontes de energia tradicionais, mas sim somar as renováveis. “Transição energética é a adição de energia com descarbonização da matriz”, explica Karine. Isso significa que o estado continuará utilizando suas fontes de energia tradicionais, mas irá aumentar a participação das renováveis para garantir a confiabilidade do fornecimento.
O Rio de Janeiro tem três grandes vantagens naturais e logísticas para a implementação de energia eólica offshore:
A indústria de óleo e gás do Rio de Janeiro poderá ser uma grande aliada na transferência de competências para a energia eólica offshore. Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), destaca o papel crucial do Porto do Açu, que está se preparando para investir em energias renováveis e receber empresas do setor.
Mauro Andrade, diretor-executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo, responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, menciona que já existem seis memorandos de investimentos de empresas interessadas em se instalar no porto para investir nas fazendas eólicas offshore. Segundo ele, o Porto do Açu será uma base logística essencial para a instalação e comissionamento dessas fazendas.
De acordo com um estudo da Firjan, os parques eólicos offshore no Rio de Janeiro têm um enorme potencial de gerar empregos, tanto na fase de construção quanto na operação e manutenção. Estima-se que podem ser criados de 11 a 34 empregos diretos e indiretos por megawatt (MW) a cada ano.
A proximidade do Porto do Açu com as fazendas eólicas é um grande diferencial, já que cerca de 25% do custo de instalação de um parque eólico está relacionado à logística. Assim, as empresas fornecedoras de equipamentos, instaladoras e prestadoras de serviços se beneficiarão dessa proximidade, reduzindo custos e aumentando a eficiência.
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