A grande agenda recente no setor de óleo e gás foi o Fórum Técnico do Pré-Sal, organizado pela PPSA, no Rio de Janeiro. Durante o evento, a empresa destacou a possibilidade de arrecadar mais de R$ 500 bilhões com a venda das parcelas de petróleo e gás da União em 19 contratos de partilha e nos acordos de individualização da produção de Mero, Atapu e Tupi, nos próximos dez anos. O estudo “Estimativa de produção dos contratos de partilha e de arrecadação para os cofres públicos no período 2025-2034”, elaborado pela PPSA, revelou que a venda de óleo e gás pode gerar um impacto significativo no mercado.
Cenários de produção e impacto no mercado de petróleo e gás
O estudo da PPSA apresenta três cenários para os resultados da União nos próximos dez anos, considerando variações no preço do recurso, taxas de câmbio e aumento na produção de barris de petróleo. A previsão é que a produção de petróleo atinja 543 mil barris por dia em 2030, o que representará um aumento substancial na venda de petróleo da União no mercado. No cenário otimista, a produção chega a 583 mil barris por dia, o que também resultaria em um aumento expressivo nos volumes de barris de petróleo sendo vendidos no mercado internacional.
No entanto, a PPSA também ajustou suas projeções de produção. A venda de petróleo pode ser impactada por atrasos no início de produção de plataformas e pela elevação dos custos de projetos. A expectativa, no entanto, é que a venda de barris de petróleo da União no mercado cresça de forma contínua ao longo dos próximos anos.
Venda de petróleo e gás natural e o crescimento do mercado
Além do petróleo, o estudo da PPSA também prevê um aumento considerável na produção de gás natural, que também será comercializado pela União. A previsão é de que a produção de gás atinja 3,3 milhões de metros cúbicos por dia em 2031, com a venda de gás natural também gerando um impacto positivo no mercado. No cenário mais otimista, a produção de gás pode alcançar 3,5 milhões de metros cúbicos por dia, impulsionando a venda para o mercado externo e interno.
Ao todo, os contratos de partilha da União deverão gerar uma produção acumulada de 6,6 bilhões de barris de petróleo até 2034. A PPSA, que gerencia a venda das parcelas de petróleo da União, estima que a parcela acumulada da União será de 1,4 bilhão de barris. Além disso, a produção de gás também deverá alcançar 48,5 bilhões de metros cúbicos, com a venda de gás gerando uma arrecadação adicional para os cofres públicos. A venda do óleo e gás natural representará uma importante fonte de receita para a União e impactará diretamente o mercado de energia.
Próximos leilões de óleo e gás da União
Outro ponto importante discutido no evento foi o próximo leilão de petróleo da União, que ocorrerá em 25 de junho de 2025. A PPSA estima vender 78 milhões de barris durante o leilão. Os lotes incluem a produção dos campos de Mero, Búzios, Sépia, Itapu e Norte de Carcará.
O mercado está atento a esse leilão, já que os volumes estimados de petróleo serão significativos, o que pode afetar o preço do petróleo no mercado nacional e internacional. O maior volume de carga virá do Campo Mero, com 51,5 milhões de barris a serem vendidos nos próximos 12 meses. A venda de petróleo desses campos será essencial para garantir o impacto esperado no mercado e aumentar a arrecadação para a União.
Além do petróleo, a PPSA também prevê o primeiro leilão de gás da União, previsto para ocorrer no quarto trimestre de 2025. A produção de gás natural da União, que está prevista para aumentar consideravelmente, também será uma grande atração para o mercado. O leilão de gás deve seguir os mesmos parâmetros de sucesso que o leilão de petróleo, contribuindo para o fortalecimento do mercado de energia no Brasil.