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Bioverde impulsiona produção de etanol de milho com investimento de R$ 1,3 bilhão em usina no Mato Grosso

A Bioverde investirá R$ 1,3 bilhão em nova usina de etanol de milho em Mato Grosso, gerando empregos e desenvolvimento regional.

by Andriely Medeiros
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O Mato Grosso, líder nacional na produção de etanol de milho, receberá um novo empreendimento voltado para a produção desse biocombustível. A empresa Bioverde anunciou que investirá mais de R$ 1,3 bilhão na construção de uma usina de etanol de milho no município de Alto Araguaia. O projeto visa ampliar a capacidade produtiva do estado, consolidando ainda mais sua posição no setor.

Crescimento da produção de etanol de milho no Mato Grosso

O estado de Mato Grosso é destaque na produção de etanol, especialmente de etanol de milho, uma alternativa que vem ganhando espaço no mercado brasileiro. A nova usina da Bioverde terá a capacidade de produzir mais de 1 bilhão de litros de etanol de milho por ano. Além disso, o empreendimento também será responsável pela produção de 727 mil toneladas de farelo de milho seco, um subproduto valioso para a agroindústria.

A localização estratégica da usina, às margens da BR-364, e sua conexão com a ferrovia facilitarão o transporte tanto do etanol quanto do farelo produzido. Isso permitirá uma logística mais eficiente e competitiva, reforçando o papel da região como um polo importante no setor de biocombustíveis.

Impacto econômico e geração de empregos com o investimento

O investimento da Bioverde é visto como um marco para o desenvolvimento regional. De acordo com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, a construção da usina em Alto Araguaia é um reflexo do crescimento econômico da região. “Nenhuma empresa faz um investimento desse tamanho em uma região que não seja próspera. Hoje, a região do Araguaia, antigo Vale dos Esquecidos, é conhecida como Vale da Prosperidade”, afirmou o governador.

Além de impulsionar a produção de etanol no estado, a nova usina também terá um impacto direto na geração de empregos. A previsão é que, na fase de operação, a fábrica conte com 250 funcionários trabalhando em tempo integral. Esse aumento na oferta de empregos é um dos principais benefícios apontados pelas autoridades locais, que esperam que o empreendimento contribua para o desenvolvimento socioeconômico de Alto Araguaia e das cidades vizinhas.

Expansão do setor de etanol de milho

A instalação dessa nova usina pela Bioverde reflete o cenário de expansão que o setor de etanol de milho vive no Brasil, especialmente no Mato Grosso. Atualmente, o estado é responsável por 73% da produção nacional de etanol de milho, com 11 indústrias já em operação. Em 2023, essas usinas produziram 4,43 bilhões de litros de etanol, consolidando o Mato Grosso como o maior produtor do biocombustível derivado do milho no país.

As usinas existentes estão distribuídas por diversos municípios do estado, como Nova Marilândia, Poconé, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e Nova Mutum, entre outros. Além disso, a expansão do setor não para por aí. Segundo dados da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), outras nove unidades estão em construção em cidades como Sorriso, Ipiranga do Norte, Campo Novo do Parecis e Vera.

Essa expansão do parque industrial no estado reforça a importância do etanol de milho para a matriz energética brasileira, oferecendo uma alternativa sustentável e eficiente para o mercado de combustíveis.

O papel da Bioverde no mercado de etanol

A Bioverde, empresa responsável pelo novo investimento, tem se destacado no setor de biocombustíveis. O aporte de R$ 1,3 bilhão na construção da usina em Alto Araguaia é parte de uma estratégia maior da empresa para ampliar sua participação no mercado de etanol no Brasil. Com a nova unidade, a Bioverde espera contribuir significativamente para o aumento da oferta de etanol no país, ajudando a atender à crescente demanda por combustíveis renováveis.

A aposta no etanol de milho se mostra acertada, já que o biocombustível tem sido uma opção importante tanto para o mercado interno quanto para exportação. Além disso, o farelo de milho produzido como subproduto do processo de fabricação do etanol também é altamente valorizado, sendo utilizado na alimentação animal, o que fortalece ainda mais a integração entre a produção agrícola e a industrial.

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