A Petrobras, maior empresa de petróleo e gás do Brasil, anunciou um aumento significativo na sua produção de petróleo no segundo trimestre de 2024. De acordo com o relatório divulgado na última segunda-feira, 29 de julho, a companhia registrou um crescimento de 2,6% na produção de petróleo em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi impulsionado pelo desempenho operacional de novas plataformas que entraram em operação ao longo do ano.
Petrobras supera expectativas e consolida na produção de petróleo no pré-sal
Durante os meses de abril a junho, a Petrobras alcançou uma média de 2,16 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em território nacional. Em comparação, no mesmo período de 2023, a produção foi de 2,1 milhões de bpd. A empresa destacou que o incremento foi resultado do crescimento da produção das plataformas do tipo FPSO (unidade flutuante de armazenamento e transferência) como Almirante Barroso, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, todas iniciadas em 2023, além da plataforma P-71.
Outro fator relevante para o aumento na produção foi a entrada em operação de 12 novos poços, sendo oito localizados na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos. Esses projetos complementares foram cruciais para manter a curva de produção em ascensão, atendendo à crescente demanda por petróleo e derivados.
Investimento em novas tecnologias e expansão da capacidade produtiva garantem futuro promissor para a Petrobras
Para o restante de 2024, a Petrobras planeja a ativação de duas novas plataformas. Uma delas é a Marechal Duque de Caxias, que chegou ao Brasil em maio e já está ancorada no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A outra é o FPSO Maria Quitéria, que saiu do estaleiro na China em maio e está programado para operar no campo de Jubarte, localizado no pré-sal da Bacia de Campos. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a operação da unidade Maria Quitéria foi antecipada para o último trimestre de 2024, superando as expectativas do Plano Estratégico 2024–2028+, que previa sua entrada em operação em 2025.
Desafios e manutenções para a estatal
Apesar do crescimento anual, a produção de petróleo da Petrobras sofreu uma queda de 3,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Essa redução foi atribuída a um maior número de paradas programadas para manutenção, além do declínio natural de campos maduros. Ainda assim, a empresa conseguiu exportar 651 mil bpd no segundo trimestre, um aumento de 58,4% em comparação ao mesmo período de 2023 e uma leve alta de 0,2% em relação ao trimestre anterior.
No total, considerando a produção de óleo e gás tanto no Brasil quanto no exterior, a Petrobras alcançou uma média diária de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente (boed) entre abril e junho, marcando um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior. No entanto, houve uma queda de 2,8% quando comparado ao primeiro trimestre deste ano.
Mercado doméstico e internacional
Além da produção de petróleo, a Petrobras também registrou um crescimento nas vendas totais de petróleo, gás e derivados, que aumentaram 4% em relação ao segundo trimestre de 2023, totalizando 2,94 milhões de boed. Desse total, 2,04 milhões de boed foram destinados ao mercado doméstico.
No que diz respeito ao refino, o fator de utilização das unidades da Petrobras foi de 91% no segundo trimestre, uma leve queda em comparação aos 93% do mesmo período de 2023. Isso se deveu, em parte, às paradas programadas para manutenção em várias refinarias, incluindo Replan, Reduc, Recap, Revap e Regap. A produção de derivados do petróleo somou uma média de 1,74 milhão de bpd, uma redução de 3,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As importações de diesel também caíram significativamente, somando 37 mil bpd, o que representa uma redução de 60,2% em relação ao mesmo período de 2023.