Home NOTÍCIAS Expansão espacial da Starlink! 7,5 mil novos satélites estão em análise para serem lançados no Brasil

Expansão espacial da Starlink! 7,5 mil novos satélites estão em análise para serem lançados no Brasil

Anatel abre consulta pública para avaliar pedido da Starlink para lançar 7,5 mil novos satélites e expandir faixas de radiofrequências no Brasil.

by Andriely Medeiros
Anatel abre consulta pública para avaliar pedido da Starlink para lançar 7,5 mil novos satélites e expandir faixas de radiofrequências no Brasil.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) iniciou uma consulta pública para analisar a expansão da rede de satélites da Starlink no Brasil. A operadora de internet do bilionário Elon Musk solicitou à agência permissão para controlar mais 7,5 mil satélites de baixa órbita no país, além de incluir novas faixas de radiofrequências. A consulta pública visa receber comentários e sugestões sobre essa solicitação, já que a alteração modifica as características técnicas do Direito de Exploração do sistema de Satélites Starlink.

Objetivos da Starlink e expansão do número de satélites

O principal objetivo da Starlink é aumentar o número total de satélites autorizados no Brasil. Atualmente, a empresa possui permissão para operar até 4.408 satélites nas bandas Ku e Ka. Com a nova solicitação, a Starlink pretende adicionar mais 7.500 satélites não geoestacionários, correspondentes à segunda geração do sistema da empresa, conhecido como GEN2. Essa expansão é crucial para atender à crescente demanda por internet de alta velocidade e baixa latência, especialmente em áreas remotas e rurais.

Novas faixas de radiofrequências

Além da ampliação do número de satélites, a Starlink solicitou a adição de novas faixas de radiofrequências. As faixas solicitadas são:

  • Banda Ku: 10,7 GHz a 12,7 GHz (enlace de descida) e 14 GHz a 14,5 GHz (enlace de subida)
  • Banda Ka: 17,8 GHz a 18,6 GHz e 18,8 GHz a 19,3 GHz (enlaces de descida) e 27,5 GHz a 28,6 GHz e 28,8 GHz a 30 GHz (enlaces de subida)
  • Banda E: 71 GHz a 76 GHz (enlace de descida) e 81 GHz a 86 GHz (enlace de subida)

A inclusão dessas novas faixas é fundamental para aumentar a capacidade e eficiência da rede Starlink, permitindo conexões mais rápidas e estáveis para os usuários.

Histórico da Starlink no Brasil

A Starlink já possui o Direito de Exploração para operação do sistema de satélites no Brasil até março de 2027. Essa autorização foi conferida inicialmente pelo ato nº 2174, de 8 de fevereiro de 2022. O direito atual permite a operação de até 4.408 satélites nas bandas Ku e Ka mencionadas anteriormente.

No entanto, devido ao rápido crescimento e à demanda por seus serviços, a empresa atingiu o número máximo de satélites em órbita no país, motivando a nova solicitação de ampliação. Nos Estados Unidos, a Starlink já obteve autorização da Comissão Federal de Comunicações (FCC) para lançar e operar até 7.500 novos satélites de segunda geração. Esse avanço nos EUA reforça a necessidade de aprovação similar no Brasil para que a empresa possa expandir seus serviços globalmente de forma consistente.

Processo de análise pela Anatel

A Anatel considera a consulta pública uma etapa crucial no processo de análise da solicitação da Starlink. A agência busca garantir que todas as partes interessadas, incluindo outras operadoras de telecomunicações e consumidores, possam expressar suas opiniões e preocupações.

A consulta pública permite uma avaliação mais abrangente dos impactos técnicos, econômicos e sociais da expansão proposta pela Starlink. Após a conclusão da consulta pública, a Anatel analisará todas as contribuições recebidas e realizará uma avaliação técnica detalhada.

A decisão final sobre a autorização da Starlink será baseada em critérios técnicos e regulatórios, levando em conta a necessidade de equilibrar a inovação tecnológica com a proteção do espectro de radiofrequência e a concorrência justa no mercado de telecomunicações.

Impactos potenciais da expansão da Starlink

A expansão da rede de satélites da Starlink pode trazer inúmeros benefícios para os usuários no Brasil, especialmente em regiões onde a infraestrutura tradicional de internet é limitada ou inexistente. Com mais satélites em órbita e a inclusão de novas faixas de radiofrequências, a Starlink poderá oferecer conexões de internet mais rápidas, estáveis e acessíveis, contribuindo para a inclusão digital e o desenvolvimento econômico dessas áreas.

Apesar dos potenciais benefícios, a expansão também apresenta desafios técnicos e regulatórios. A inclusão de novas faixas de radiofrequências requer uma coordenação cuidadosa para evitar interferências com outros serviços de telecomunicações. Além disso, a Anatel precisará garantir que a expansão não prejudique a concorrência no mercado e que os benefícios sejam distribuídos de forma justa entre todos os usuários.

A solicitação da Starlink para lançar mais 7,5 mil satélites no Brasil e incluir novas faixas de radiofrequências representa um passo significativo na expansão da internet via satélite no país. A consulta pública aberta pela Anatel é um processo essencial para garantir que essa expansão ocorra de forma equilibrada, atendendo aos interesses de todas as partes envolvidas.

Com a decisão final ainda pendente, a expectativa é que a análise detalhada da agência resulte em uma autorização que beneficie os consumidores brasileiros e promova a inovação tecnológica no setor de telecomunicações.

Veja também