Um marco histórico foi estabelecido com a inauguração do parque fotovoltaico de Khavda na Índia, projetado para ser não apenas a maior usina solar, mas também a maior usina de eletricidade do mundo, independentemente da fonte de energia. A Adani Green Energy Limited, uma gigante na indústria de energia renovável, lidera esse ambicioso projeto. Atualmente, com 1 GW já em operação desde março e 2,4 milhões de painéis solares instalados, essa usina está a caminho de revolucionar a produção de energia solar globalmente.
Capacidade e escala da usina solar da Índia chama atenção ao redor do mundo
O projeto Khavda está programado para alcançar uma capacidade instalada impressionante de 30 GW nos próximos cinco anos. Para colocar em perspectiva, a usina hidrelétrica de Três Gargantas na China, que atualmente detém o título de maior usina elétrica do mundo, possui uma capacidade de 22,5 GW.
A expansão planejada para o parque fotovoltaico de Khavda irá exceder significativamente esse número, estabelecendo um novo padrão em geração de energia. Ocupando uma área de 538 quilômetros quadrados, a usina solar de Khavda ultrapassa o tamanho de várias capitais brasileiras combinadas, incluindo Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife.
A construção de uma usina solar desta magnitude requer uma infraestrutura robusta. A Adani Green Energy está investindo em 100 quilômetros de estradas, 50 quilômetros de sistemas de drenagem, e 180 quilômetros de cabos de fibra ótica para suportar a operação da usina.
Além disso, a implementação de um sistema de dessalinização e três plantas de osmose reversa, capazes de produzir 70 metros cúbicos de água por hora, demonstra o compromisso da empresa com a sustentabilidade e o bem-estar dos trabalhadores envolvidos no projeto.
Impacto global e inovação no mercado de energia solar
A expansão da usina solar de Khavda representa um avanço significativo na indústria de energia solar. Com seus 2,4 milhões de painéis solares, este projeto não apenas aumenta a capacidade de geração de energia renovável na Índia, mas também contribui significativamente para a redução da dependência de combustíveis fósseis. O impacto ambiental positivo de projetos como este é imenso, ajudando a combater as mudanças climáticas e a promover uma transição energética global para fontes mais limpas e sustentáveis.
Embora o parque fotovoltaico de Khavda esteja a caminho de se tornar a maior usina solar do mundo, vale destacar outras grandes usinas que também têm feito diferença significativa na capacidade global de energia solar.
O Bhadla Solar Park, também na Índia, possui uma capacidade de 2,245 GW, seguido pelo Huanghe Hydropower Golmud Solar Park na China com 2,200 GW, e o Pavagada Solar Park na Índia com 2,050 GW. Estas usinas, juntamente com o Benban Solar Park no Egito e o Tengger Desert Solar Park na China, estão entre as maiores instalações solares do planeta e representam a vanguarda da inovação em energia solar.
O projeto de Khavda é um testemunho da rápida evolução e do potencial ilimitado da energia solar. À medida que a capacidade instalada da usina aumenta, ela não só redefine as possibilidades no setor de energia renovável, mas também estabelece novos benchmarks para projetos futuros em todo o mundo. Essa monumental usina solar é uma verdadeira pioneira, iluminando o caminho para um futuro mais verde e sustentável.
A maior usina solar do Brasil
A maior usina solar do Brasil é o Parque Solar São Gonçalo, localizado em São Gonçalo do Gurguéia, no Piauí. Inaugurada em janeiro de 2020, a usina é operada pela Enel Green Power Brasil, uma subsidiária do grupo italiano Enel. São Gonçalo é atualmente o maior parque solar em operação na América do Sul.
O parque possui uma capacidade instalada de mais de 600 megawatts (MW). A energia gerada consegue atender as necessidades de consumo de aproximadamente 1,4 milhão de casas brasileiras por ano, contribuindo significativamente para a redução da emissão de dióxido de carbono. O investimento para a construção do São Gonçalo ultrapassou R$ 3 bilhões.
O projeto não apenas destaca o compromisso do Brasil com a energia renovável, mas também reforça a posição do país como um dos líderes em energia solar na América Latina. Contribui para a diversificação da matriz energética nacional e apoia a transição para uma economia de baixo carbono, em linha visando sustentabilidade e desenvolvimento energético do país.
