O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, afirmou na última quarta-feira, 22, que a transição do Brasil para ônibus elétricos é uma estratégia essencial para impulsionar a indústria nacional e preservar sua participação no mercado global. Defendendo o uso do Fundo Clima para financiar a mudança, Mercadante destacou os desafios financeiros enfrentados pelos municípios na adoção desses veículos. Além disso, ele enfatizou a importância de fortalecer a indústria nacional, não apenas na produção de ônibus elétricos, mas também em um projeto de fabricação de peças e baterias no Brasil.
BNDES quer impulsionar projeto de ônibus elétricos para indústria do Brasil através do Fundo Clima
Aloízio Mercadante, presidente do BNDES, destacou a urgência de o Brasil migrar para a utilização de ônibus elétricos como parte de um projeto de desenvolvimento. O especialista enfatizou a necessidade de eletrificação da frota como uma estratégia para preservar a participação do país no mercado global. Mercadante ressaltou ainda a importância da transição para ônibus elétricos, argumentando que essa mudança é crucial para o Brasil não perder espaço nesse setor.
Segundo ele, o Brasil possui um mercado interno robusto e uma extensa rede de distribuição, fatores que podem impulsionar essa mudança durante os próximos anos, desde que haja investimentos no projeto de ônibus elétricos. A proposta do BNDES envolve o financiamento dos ônibus elétricos por meio do Fundo Clima, alimentado por parte dos R$ 10 bilhões recentemente captados pela emissão de títulos soberanos. Essa estratégia visa viabilizar a transição para ônibus mais sustentáveis, superando os desafios financeiros enfrentados por muitos municípios.
Apesar dos benefícios ambientais, ônibus elétricos são aproximadamente três vezes mais caros que os convencionais. Dessa forma, o financiamento se torna um elemento crítico para que as cidades possam adotar essa tecnologia. Mercadante revelou que o BNDES já apoiou a iniciativa financiando os primeiros 1.300 ônibus em São Paulo, totalizando R$ 2,5 bilhões em investimentos. Isso destaca o comprometimento do banco em impulsionar a mudança.
Projeto de desenvolvimento da indústria nacional vai além dos ônibus elétricos, destaca BNDES
Além do financiamento para os ônibus elétricos, Mercadante ressaltou a necessidade de desenvolver a indústria nacional. Ele salientou que o BNDES está direcionando esforços para financiar projetos que gerem valor agregado no Brasil. O presidente destacou a produção de peças e baterias localmente como um passo essencial para consolidar a indústria nacional.
Segundo ele, o banco não está limitando seus esforços apenas aos ônibus elétricos. Mercadante também enfatizou a importância do financiamento de projetos relacionados a combustíveis sintéticos, como o combustível sustentável de aviação (SAF), metanol e hidrogênio verde. Ele destacou o desafio de agregar valor à matriz energética do país.
Mercadante também enfatizou as vantagens competitivas do país nesse setor e discutiu as conversas em andamento com a Vale e a Petrobras para impulsionar projetos relacionados ao hidrogênio verde. Por fim, o presidente do BNDES revelou planos de buscar investimentos estratégicos em outros países, destacando viagens planejadas para o mundo árabe e Alemanha. O objetivo é atrair investimentos em áreas-chave que possam aproveitar a matriz energética única do Brasil, proporcionando vantagens competitivas em setores emergentes.
Dessa forma, o impulso do BNDES em direção aos ônibus elétricos e à matriz energética sustentável destaca o comprometimento do Brasil em liderar a transição para soluções mais ecológicas. Com o projeto do Fundo Clima como impulsionador dos investimentos futuros em ônibus elétricos, a indústria nacional está recebendo o apoio necessário para alcançar essa transformação, promovendo não apenas uma mudança no setor, mas também fortalecendo a economia do país.
