Em um monitoramento mensal feito pela S&P Global com parceria do banco alemão Hamburg Commercial Bank divulgado, em caráter preliminar neta sexta-feira, o Purchasing Managers’ Index (PMI, ou Índice de Gerente de Compras, no português) aponta que os países integrantes da zona do euro avançaram 0,4 ponto no levamento que mede os setores da indústria e serviços em setembro de 2023.
Com o resultado, o índice subiu dos recentes 46,7, registrados em agosto para 47,1 neste mês. Ao analisar em blocos separados, o setor de serviços na Europa saltou de 47,9 para 48,4. Já a indústria caiu 0,1 ponto, recuado de 43,5 para 43,4. O apurado indica que é o quarto mês seguido que o PMI da zona do euro permanece abaixo dos 50 pontos – medida de separação entre o avanço e a contratação.
De acordo com as informações do relatório, a atividade empresarial prossegue em um ritmo de redução de pedidos, sobretudo no setor de serviços – diretamente impactados. Entretanto, o resultado de 47,1 pontos no PMI superou as expectativas de analistas, que projetavam um apurado de 46,3.
“A atividade foi reduzida mais uma vez e a entrada de novos negócios tem diminuído durante três meses consecutivos. No entanto, as empresas estão contratando em setembro a um ritmo um pouco mais rápido do que em agosto”, ponderou em nota “, disse o economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, Cyrus de la Rubia.
Alemanha
A divulgação do índice PMI sobre a zona do euro ocorre em simultâneo com a projeção negativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia, órgão vinculado a União Europeia sobre a economia da Alemanha.
Em relatório recente da Comissão, a economia alemã terá uma perda de 0,4% em 2023 – projeção contrária ao crescimento outrora estimado em 0,2%. Conforme especialistas e porta-vozes, fatores como o aumento de preços na produção e obtenção de energia para a indústria, a suspensão do fornecimento de gás natural da Rússia a Alemanha e os impactos econômicos da invasão russa ao território ucraniano interferem no resultado adverso.
De acordo com o FMI, a Alemanha seria a única grande economia da zona do euro a retrair. Porém, segundo a instituição, o cenário apresentado no país não se assemelha ao início de uma recessão.