A Petrobras, sob a liderança do presidente Jean Paul Prates, anunciou o lançamento do ambicioso “Projeto Eólico Offshore na Região da Margem Equatorial”, uma iniciativa cujo objetivo é mapear o potencial da costa brasileira para a produção de energia eólica offshore, ou seja, em alto-mar.
O projeto foi apresentado durante um evento realizado no auditório da Federação das Indústrias do RN (Fiern), em Natal, onde também foram revelados os primeiros resultados de um estudo detalhado sobre os potenciais eólicos da região.
Petrobras mapeia o potencial da costa entre o Rio Grande do Norte e o Amapá
O presidente Jean Paul Prates destacou a importância desse mapeamento, afirmando que “todos esses litorais serão avaliados quanto ao seu potencial eólico no mar. Isso é extremamente relevante, pois proporciona segurança aos investidores que se interessarem pela área”.
Ele expressou confiança de que o ambiente marítimo brasileiro para a energia eólica offshore será o melhor do mundo para investimentos, uma afirmação que será comprovada pelas medições que estão sendo realizadas, começando pelo Porto de Areia Branca, no Rio Grande do Norte.
Petrobras firma acordo com o Senai-RN
Durante o evento, o presidente da Petrobras também firmou um acordo com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do RN (Senai-RN) para a criação de um centro de excelência em energias renováveis no Rio Grande do Norte, estado que lidera a produção de energia eólica no país.
Prates ressaltou que esse encontro tinha como objetivo formalizar a retomada da presença da Petrobras no estado, após a estatal ter considerado encerrar suas atividades no início do ano. No entanto, a transferência de funcionários para outros estados foi suspensa.
Investimentos e parcerias impulsionam o setor de energias renováveis
O projeto de mapeamento conta com um investimento de R$ 5 milhões, viabilizados por meio de emendas parlamentares do senador Davi Alcolumbre (AP) e do atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que anteriormente atuava como senador pelo Rio Grande do Norte.
Esse investimento permitirá a medição detalhada da Margem Equatorial, uma área que já abriga atividades de petróleo e perfuração de poços, entre outras. O desafio é desenvolver o país e gerar energia limpa de forma sustentável e integrada com as comunidades locais.
Davi Alcolumbre ressalta potencialidades e busca de melhorias
O deputado Davi Alcolumbre destacou a importância desse projeto, que foi iniciado em 2020, como forma de atrair investidores e também de conhecer as potencialidades e riquezas do Brasil. “Temos a oportunidade, por meio dessa emenda parlamentar, de aprofundar o conhecimento sobre nossas capacidades e, a partir disso, melhorar ainda mais”, afirmou Alcolumbre.
Os resultados iniciais do estudo realizado por duas empresas especializadas em recursos eólicos também foram apresentados, após três anos de análises técnicas e um ano de medições. O estudo revelou ventos favoráveis de até 200 metros de altura em 10 pontos da costa entre o Amapá e o Rio Grande do Norte.
RN reforça liderança na produção de energia eólica
Conforme o estudo, o Rio Grande do Norte consegue gerar cerca de 51 gigawatts de energia eólica offshore em apenas 50 quilômetros da costa. Esses números reforçam a posição de destaque do estado, que lidera a produção de energia eólica no Brasil há quase uma década. A governadora do RN, Fátima Bezerra, enfatizou o compromisso com o desenvolvimento da produção eólica, ao mesmo tempo em que se mantém atenta à energia eólica offshore e sua combinação com o hidrogênio verde.
Com o lançamento do “Projeto Eólico Offshore na Região da Margem Equatorial”, a Petrobras demonstra seu compromisso com a expansão da produção de energia limpa no Brasil, explorando o potencial eólico offshore da costa entre o Rio Grande do Norte e o Amapá. A iniciativa conta com investimentos, parcerias estratégicas e estudos técnicos aprofundados, visando não apenas a geração de energia, mas também a sustentabilidade e a integração com as comunidades locais.