Durante a última segunda-feira, (12/12), a Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP), decretou um prazo de 72 horas para que a Petrobras suspendesse todas as suas atividades de produção de petróleo e gás natural na Bahia. A decisão foi tomada após a equipe técnica da agência encontrar irregularidades nos campos que vão de Bálsamo a Taquipe e que fazem parte do Polo Bahia Terra. A paralisação pode durar até 6 meses e impactar fortemente a economia baiana.
Petrobras precisará paralisar por tempo indeterminado a produção de petróleo e gás natural nos campos da Bahia após verificação de irregularidades na exploração
A semana não começou nada bem para a estatal Petrobras, que recebeu nesta segunda-feira um decreto oficial da ANP, exigindo a paralisação de todas as suas atividades de produção na Bahia.
Após uma auditoria iniciada na última segunda-feira, (05/12), pela equipe técnica da agência, foram encontradas diversas irregularidades e problemas nos campos que vão de Bálsamo a Taquipe e que fazem parte do Polo Bahia Terra.
Dessa forma, a ANP recomendou a paralisação da produção de petróleo e gás natural, mas não obteve sucesso em acordos com a Petrobras. Assim, a agência emitiu um decreto oficial exigindo que todas as atividades sejam suspensas por tempo indeterminado.
Com isso, o Sindipetro-Ba chama a atenção que será paralisado um negócio de 20 mil barris de petróleo por dia e de R$ 4 bilhões de faturamento bruto por ano, impactando diretamente diversas regiões da Bahia.
A paralisação da exploração de petróleo e gás natural irá influenciar principalmente a economia dos seguintes municípios: Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças, que deixarão de receber os royalties de produção.
Além disso, a decisão da ANP acarretará uma demissão em massa de mais de 4500 funcionários da Petrobras e empresas que prestam serviços à estatal no estado da Bahia.
Por fim, toda a cadeia dos derivados do petróleo e gás natural, como o setor de energia e transportes, sofrerá as consequências das irregularidades da estatal em suas plantas de exploração.
Produção da estatal pode ficar suspensa por até 6 meses e Sindipetro classifica a decisão da ANP como “desnecessária” quanto ao decreto anunciado
O decreto de paralisação da produção da Petrobras na Bahia não tem tempo definitivo, mas a paralisação da ANP pode durar até 6 meses, causando assim um impacto em massa no mercado baiano.
Assim, o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, comentou sobre a situação e afirmou que a decisão da agência é desnecessária no momento atual, já que uma própria equipe técnica da estatal afirmou não haver riscos na continuidade da exploração.
“Somos contra, queremos a correção dos problemas e ainda investimentos, aumento da produção e geração de mais emprego para que a Petrobras contribua com o fortalecimento da economia baiana. Defendemos que a Petrobras volte a crescer na produção de petróleo no estado a partir do Polo Bahia Terra, comprando novos campos, com atividade exploratória e perfuração de novos poços de petróleo e gás”, afirmou o diretor.
Ainda segundo o Sindipetro, pode haver uma segunda intenção no decreto da ANP quanto à presença da estatal no estado, visto que a agência pode estar tentando retirá-la 100% do abastecimento baiano de petróleo e gás natural.