Os veículos elétricos estão expandindo sua comercialização no mercado mundial, sendo assim evidenciado dentro da indústria automotiva como o futuro dos automóveis e ao lado o segmento de combustíveis alternativos surge não só para manter o velho mercado, mas também a caminho de se tornar a fonte energética definitivamente. A premissa principal é que o hidrogênio verde se torne o futuro dos combustíveis.
Ao contrário do hidrogênio verde, o hidrogênio comum vem da reciclagem do gás natural do petróleo e, em ambos os casos, emitem gás carbônico no ar quando passa pelo processo petroquímico para se obter o hidrogênio “cinza”.
O futuro dos combustíveis na indústria automotiva
Para minimizar tais impactos ambientais, a resposta para uma pegada de carbono mais saudável para o planeta, é o hidrogênio verde, adquirido por meio de eletrólise da água.
Para ser obtido com eficiência, o hidrogênio verde deve ser produzido por meio da energia solar ou eólica, com as mesmas fornecendo energia limpa para o processo de eletrólise e também capacitação de água.
Embora o uso do hidrogênio verde seja conhecido principalmente pela indústria automotiva, há diversos outros meios. As células de combustível podem servir de fonte de energia para prédios, e em alguns casos, como fonte de calor.
Indústria automotiva e o fim dos combustíveis fósseis
A indústria automotiva já frisou o fim do motor a combustão até o final dessa década. No ano passado, um acordo assinado por 24 países e um grupo de fabricantes da indústria automotiva se comprometeram a encerrar a era dos veículos movidos a combustíveis fósseis até o ano de 2040.
A 26° Conferência do Clima da ONU, a COP26 foi responsável pelo acordo, com a finalidade de vender apenas veículos com emissões zero. Os países dentro do acordo, são: Canadá, Holanda, Nova Zelândia, Reino Unido e Irlanda, que antes já haviam se prontificado em encerrar a venda de carros movidos a combustíveis que agridem o meio ambiente.
Na indústria automotiva, as montadoras que assinaram o acordo foram a: Ford, Mercedes-Benz e Volvo, que se comprometeram a atingir a meta até 2035 em mercados com alta demanda.
Os veículos são responsáveis por maior parte das emissões globais de gases do efeito estufa, e a Agência Internacional de Energia declarou que a venda desses tipos de veículo deve cessar até 2035, se quisermos que o planeta não atinja um nível perigoso de aquecimento global.
Hidrogênio Verde: uso, destino e fabricação
Tal combustível é visto como peça chave para o futuro neutro em carbono, porém o mesmo demanda uma alta quantidade de energia. Desse modo, é importante ficar atento na fonte de energia, para que o resultado seja o hidrogênio verde. A classificação do hidrogênio é classificada em “cores”, como hidrogênio cinza, que é produzido a partir de combustíveis fósseis, e o hidrogênio azul, que vem do gás natural e captura e armazenamento de carbono.
O hidrogênio verde é caro de se obter, chegando a um custo elevado de 7 a 10 vezes maior que o processo petroquímico, o que ainda desanima sua produção em larga escala.
No Brasil, nas regiões Nordeste e Sul, onde a qualidade dos ventos é abundante, os aerogeradores fornecem energia limpa para o processamento do hidrogênio verde.
Grandes empresas do ramo do petróleo como a TotalEngines e BP, já investem bilhões na produção e obtenção do hidrogênio verde no exterior, em contrapartida, aqui no Brasil, a Unigel investe mais R$ 650 milhões em uma planta na cidade de Camaçari – BA.