O maior terminal de exportação de petróleo da Venezuela retomou as operações e agora está operando a 100 por cento de capacidade após um apagão ter sido desativado no início da semana, segundo fontes da Reuters, mas as chances são de que seus problemas ainda não acabaram.
O apagão mais recente foi o segundo apagão em cerca de duas semanas, forçando uma indústria petrolífera já sobrecarregada que serve como a força vital da Venezuela. O primeiro blecaute no início de março fechou o porto petroleiro de Jose – o maior da Venezuela – depois que a usina hidrelétrica da represa de Guri, supostamente responsável pelo fornecimento de quase 80% do país com energia, ficou fora do ar.
Alguma produção de petróleo, também, foi fechada como resultado de ambos os apagões, que o regime de Maduro afirma que foi um ato de sabotagem nas mãos dos Estados Unidos.
Embora a escala dos apagões recentes seja profunda, os apagões de energia da Venezuela não são novidade, e a maioria dos especialistas concorda que os apagões são provavelmente o resultado da grave negligência de sua infraestrutura, que já dura há muitos anos. Hugo Chávez e Nicolas Maduro foram forçados a tomar medidas extremas para lidar com seus problemas de energia, incluindo a alteração de fusos horários para tirar o máximo proveito das horas de luz do dia, a proibição de eletrodomésticos pesados como roupas e secadores de cabelos e todo o público. desligamentos setoriais.
A recente série de apagões de energia não apenas sufocou o único fluxo real de receita da Venezuela – petróleo bruto – como mergulhou seus cidadãos em uma nova marca de horror, à medida que os hospitais ficaram sem energia e os suprimentos de alimentos ficaram aquém.
É improvável que, com o fluxo de receita do petróleo que está secando, a Venezuela tenha fundos para investir em sua infra-estrutura crítica sem o auxílio de uma entidade estrangeira com uma carteira grande. Mesmo seus interesses petrolíferos estrangeiros não estão mais fornecendo um fluxo de receita, uma vez que novas sanções estão restringindo as transações financeiras de suas parcerias nas refinarias de petróleo da Jamaica e da República Dominicana.
