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Venezuela quer deixar petróleo de lado e vender suas reservas ao Ocidente

A Venezuela continua sendo dependente da reativação de sua indústria energética para entrar de vez no caminho da recuperação econômica, embora veja a superação do setor de petróleo como a melhor saída. Este segmento, mesmo após ser responsável por mais de 95% dos ingressos do país, entrou em uma profunda crise após as sanções econômicas impostas pelos EUA e a queda do preço do barril.

Venezuela planeja voltar ao mercado norte-americano

Agora, com os sinais que recebeu da capital estadunidense desde o começo deste ano e uma leve recuperação na produção da estatal petroleira PDVSA, a Venezuela planeja voltar a ser um fornecedor do mercado de Petróleo norte-americano e a estimativa é que essa possível retomada comercial termine flexibilizando as sanções econômicas contra o setor.

Segundo Carlos Faría, ministro das Relações Internacionais da Venezuela, deixou clara a interpretação do governo sobre os planos da Casa Branca nas negociações com o presidente Nicolás Maduro e afirmou que a reaproximação com os EUA deve levar a um alívio no bloqueio.

Segundo o ministro, apesar de Maduro sempre ter estado aberto, isso foi uma iniciativa do governo norte-americano, de fazer essa aproximação para que as relações fossem normalizadas no intercâmbio energético. Os EUA fez isso sem demonstrar nem meia medida coercitiva que aplicaram contra a Venezuela, mas a estimativa é que isso possa melhorar, tendo em vista que pode restabelecer a cooperação no setor de petróleo.

Maduro mencionou os riscos que os mercados norte-americano e europeu estão enfrentando com a chegada do inverno, afirmando que a crise pode ser trágica e espantosa, afirmando que a Venezuela tem cada vez mais importância na equação energética e na estabilidade econômica mundial.

EUA e Europa enfrentam crise na demanda por combustíveis

A Venezuela está pronta para retomar parcerias com a Chevron, empresa que reforçou seus apelos nas últimas semanas ao governo dos EUA para que as sanções sejam eliminadas e liberada a retomada de suas atividades em unidades venezuelanas.

De acordo Tareck El Aissami, ministro do Petróleo e presidente da PDVSA, os detalhes entre as partes já foram acertados e a reativação só depende dos norte-americanos. Aissami afirma que a Venezuela está pronta, já foram discutidos e acordados tudo sobre a retomada imediata das operações, entretanto não depende mais da PDVSA e sim, do governo dos Estados Unidos.

Desde que Washington flexibilizou algumas sanções contra o petróleo da Venezuela, logo após enviar delegações para dialogar com o governo Maduro, a volta do comércio de petróleo entre os dois países passou a ser vista como algo próximo. Isso porque não apenas os EUA, mas também a Europa, passam por uma crise na demanda por combustíveis gerados pela guerra na Ucrânia.

Países sancionados podem ser importantes novamente

Países como a Venezuela e Irã, que foram sancionados, voltaram a ser considerados como potenciais fornecedores de combustíveis ao Ocidente.

No mês de maio, o governo Biden aliviou algumas sanções que pesavam sobre a Chevron e, apesar de não ter liberado a retomada da produção em solo venezuelano, tornou possível que a empresa começasse negociações com a PDVSA.

Para o doutor em geopolítica de petróleo, Miguel Jaimes, mais urgente do que o retorno de empresas estadunidenses ao setor energético venezuelano, é preciso suspender as sanções que tornam impossíveis as compras de equipamentos e insumos para recuperar plantas nacionais avariadas e investir em novas tecnologias.

Valdemar Medeiros

Especialista em marketing de conteúdo, ações de SEO e E-mail marketing. Universitário de Publicidade e Propaganda.

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