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Tesla anuncia recall de quase 200 mil veículos devido a problema na câmera traseira nos modelos Model Y, S e X

As primeiras reclamações relacionadas às falhas nas câmeras traseiras chegaram à Tesla no final de dezembro do ano passado.

by Andriely Medeiros
Elon Musk eleva produção da Tesla para números estratosféricos e domina o mercado de veículos elétricos

A Tesla, gigante da indústria automotiva de veículos elétricos, surpreendeu o mercado ao anunciar um recall massivo envolvendo quase 200 mil veículos nos Estados Unidos. A medida foi tomada em resposta a uma falha nas câmeras traseiras dos modelos Tesla Model Y, S e X fabricados a partir do ano de 2023, que pode comprometer seu funcionamento durante a marcha à ré.

Falha no software pode comprometer a segurança dos veículos elétricos

O recall abrange uma considerável frota de veículos, com a estimativa de 199.575 carros potencialmente afetados pela falha. Os modelos em questão são equipados com o avançado sistema computacional “Full Self-Driving” 4.0 e operam sob a versão de software 2023.44.30 a 2023.44.30.6 ou 2023.44.100.

A Tesla, liderada pelo visionário Elon Musk, enfatizou em documentos publicados pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos EUA que a instabilidade no software pode resultar na não exibição de imagens pela câmera traseira durante a marcha à ré.

De acordo com as autoridades norte-americanas, essa deficiência técnica pode aumentar significativamente o risco de acidentes. A notícia, reportada pela CNBC, destaca a importância do recall para garantir a segurança dos usuários e prevenir possíveis incidentes relacionados à falha nas câmeras traseiras dos veículos elétricos.

Tesla afirma ter corrigido o problema por meio de atualização online

A Tesla assegura que, até o momento, não houve registros de acidentes ou ferimentos decorrentes do problema nas câmeras traseiras. A empresa afirma ter corrigido a falha por meio de uma atualização de software online, evidenciando a agilidade da marca em lidar com questões técnicas.

Os proprietários dos modelos norte-americanos impactados pelo recall receberão notificações por carta a partir de 22 de março, orientando sobre os procedimentos necessários para os reparos. Esta ação pró-ativa visa garantir que os veículos sejam inspecionados e, se necessário, corrigidos para garantir seu pleno funcionamento.

Recall acontece em meio a queda nas ações e projeção pessimista da Tesla

As primeiras reclamações relacionadas às falhas nas câmeras traseiras chegaram à Tesla no final de dezembro do ano passado, levando a empresa a tomar a decisão de recall em 12 de janeiro. Em 22 de janeiro, já eram contabilizadas 81 reclamações de garantia potencialmente associadas ao problema.

Este recall ocorre em um momento delicado para a Tesla, que enfrentou uma significativa queda nas ações. O mercado financeiro reagiu negativamente após o alerta de Elon Musk sobre a desaceleração esperada no crescimento das vendas de veículos elétricos da Tesla para o ano em curso. Mesmo com os cortes de preços em alguns modelos, a projeção pessimista impactou investidores e gerou incertezas sobre o futuro da empresa.

Elon Musk explicou que o crescimento será “notavelmente menor”, justificando que a Tesla está focando em um veículo elétrico de próxima geração a ser produzido em sua fábrica no Texas, nos Estados Unidos, no segundo semestre de 2025. O CEO acredita que esse novo modelo será um catalisador para o próximo boom nas entregas quando for lançado, buscando reverter a atual situação desafiadora da empresa.

O que é recall?

Recall é um termo em inglês que significa “chamamento” ou “convocação”. É uma ação realizada por um fornecedor ou fabricante de um produto ou serviço que apresenta riscos aos consumidores, como defeitos ou falhas que podem causar acidentes ou danos à saúde. O recall visa informar o público sobre o problema e oferecer soluções gratuitas, como reparos, substituições ou reembolsos.

De tal modo, o recall é um direito do consumidor garantido pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) e regulamentado pela Portaria do Ministério da Justiça nº 618/2019. O fornecedor que identificar um risco em seu produto ou serviço deve comunicar o fato à Secretaria Nacional do Consumidor e ao órgão normativo ou regulador competente em até dois dias úteis, contados da decisão de realizar o chamamento.

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