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Saiba quais estados brasileiros são os campeões na produção de energia eólica

Com 1.039 parques produtores de energia eólica e mais de 11.000 aerogeradores em operação, o Brasil alcançou a marca de 31 GW de capacidade instalada.

by Marcelo Santos
Saiba quais estados brasileiros são os campeões na produção de energia eólica

O Brasil, um país reconhecido por sua riqueza natural e diversidade ambiental, tem se destacado cada vez mais no cenário internacional como uma potência em energia limpa, em especial na produção de energia eólica. Com 1.039 parques eólicos e mais de 11.000 aerogeradores em operação, o país alcançou a impressionante marca de 31 GW de capacidade instalada. Esse avanço notável deve-se, em grande parte, aos “bons ventos” do Nordeste, região que lidera o ranking de produção dessa forma de energia sustentável no país.

Região nordeste conta com os maiores produtores de energia eólica

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), 12 estados brasileiros já estão produzindo energia eólica. No entanto, é no Nordeste que encontramos os maiores produtores, com destaque para o Rio Grande do Norte, Bahia e Piauí, estados que ocupam as três primeiras posições em capacidade de geração de energia eólica no Brasil.

  • Rio Grande do Norte: Líder do ranking, o estado possui 248 parques instalados, com 2.991 aerogeradores, gerando uma potência de 7.872,43 MW;
  • Bahia: Seguindo de perto, a Bahia conta com 276 parques e 2.828 aerogeradores, produzindo 7.633,37 MW;
  • Piauí: Em terceiro lugar, o Piauí, com seus 108 parques e 1.246 aerogeradores, gera 3.583,95 MW.

Esses números não apenas refletem o potencial eólico do Nordeste brasileiro, mas também destacam a região como um local estratégico para o investimento em energias renováveis.

A energia eólica atraiu cerca de US$ 424 bilhões em investimentos de 2010 a 2022

A produção de energia eólica no Brasil, de 2010 a 2022, atraiu cerca de US$ 424 bilhões em investimentos, criando 11 postos de trabalho e evitando a emissão de 269 milhões de toneladas de CO₂ em 2022. Esses dados sublinham a contribuição significativa da energia eólica não apenas para a sustentabilidade ambiental, mas também para a economia do país.

Além disso, a adesão do Brasil à Global Offshore Wind Alliance (GOWA) reforça o compromisso do país em fomentar o desenvolvimento de fontes de energia limpa e enfrentar as crises climáticas e de segurança energética globalmente.

Brasil continua expandindo sua capacidade eólica

Apesar dos avanços, a jornada rumo à sustentabilidade energética envolve desafios, incluindo a necessidade de infraestrutura adequada, políticas de incentivo e a superação de barreiras técnicas. Contudo, a posição de destaque do Brasil no ranking mundial de capacidade eólica acumulada, além de sua liderança na nova capacidade instalada de eólica onshore em 2022, sinalizam um futuro promissor para a energia eólica no país.

Os estados do Nordeste, com seu protagonismo na produção de energia eólica, não apenas estão ajudando o Brasil a alcançar suas metas de sustentabilidade, mas também estão se posicionando como líderes na transição energética global. O sucesso desses estados evidencia o potencial do Brasil para continuar expandindo sua capacidade de produção de energia eólica, contribuindo significativamente para uma matriz energética mais limpa e diversificada.

Energia eólica offshore

A energia eólica offshore tem o potencial de aumentar em 3,6 vezes a capacidade total de produção de energia elétrica no Brasil, impulsionando a transição energética. Em 2021, o mundo tinha uma capacidade instalada de 55,9 gigawatts (GW) por meio de usinas eólicas offshore, principalmente na China e na Europa. Estima-se que até 2030, essa capacidade global alcance 260 GW e 316 GW até 2040, com investimentos previstos de até US$ 1 trilhão.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil possui um grande potencial ainda não explorado, com capacidade para atingir 700 GW. No entanto, não há uma previsão específica para quando o Brasil alcançará essa marca. Até 30 de agosto, havia 78 pedidos de licenciamento para usinas eólicas offshore no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), totalizando um potencial de geração de 189 GW.

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