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Presidente da Rússia ameaça cortar produção de petróleo em resposta ao G7

Presidente da Rússia já ameaçava reduzir a produção de petróleo desde o início de dezembro, quando iniciaram as sanções ao petróleo russo.

by Marcelo Santos
Presidente da Rússia ameaça cortar produção de petróleo em resposta ao G7

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou cortar a produção de petróleo em resposta a um “teto” no preço do insumo russo implementado neste mês de dezembro por potências ocidentais, a redução ou corte promete pressionar os preços de energia ao redor de todo o globo.

O objetivo do teto de US$ 60 impostos por países ocidentais liderados pelo Grupo dos Sete países é evitar que Moscou obtenha lucro com a guerra contra a Ucrânia e assegurar estabilidade nos mercados globais, o preço estabelecido será revisto a cada dois meses para que se mantenha pelo menos 5% abaixo do valor indicado pela AIE.

Tensões entre União Europeia, G7 e Rússia

As ameaças da Rússia começaram após as economias o G7 e União Europeia fixarem um teto de US$ 60 por barril de petróleo russo no dia 5 de dezembro, o país estava há meses sendo impedido de exportar petróleo por meio do mar para a União Europeia e para outros países como os Estados Unidos da América.

Em resposta às sanções, a Rússia decidiu que não venderia o insumo e nem seus derivados a nenhum país que participasse dessa limitação de preços, resultando em potencial corte do produto. Ainda no mês de dezembro, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, havia dito que a Rússia não aceitaria um teto para os preços do petróleo russo, mesmo que a produção tivesse que ser cortada.

Nova medida reduz ganhos da Rússia

Vladimir Putin prometeu um decreto em resposta à nova medida no início desta semana, pois a nova sanção reduziu drasticamente os ganhos de Moscou, o país pretende cortar em 5% ou 7% o petróleo que é fornecido aos países que apoiam a nova medida, resultando em média entre 500 mil a 700 mil barris de petróleo por dia, afirmou o vice-premiê Alexander Novak, na última sexta-feira (23).

Toda essa tensão vem acontecendo logo após o presidente da Ucrânia visitar os EUA pela primeira vez, sendo recebido no Congresso e posteriormente pelo presidente Joe Biden na Casa Branca. Durante a visita ao presidente, Joe Biden apoiou a Ucrânia na guerra contra o país russo e aprovou um novo pacote de suporte à Ucrânia que contém mais de US$ 40 bilhões.

A Rússia já vinha reduzindo o fornecimento de gás para a Europa desde que se iniciou a guerra contra a Ucrânia, houveram várias interrupções consecutivas nos gasodutos que levam por terra o combustível a países da Europa continental.

Guerra na Ucrânia pode se tornar interminável

Enquanto as tensões ocorrem, a guerra na Ucrânia segue sem dar trégua e com muito pouco avanço diplomático, muitos já estão apoiando a ideia de que será preciso encontrar uma “saída honrosa” para o presidente da Rússia, perante a ameaça do conflito perdurar de forma interminável.

Porém, um acordo teria que possivelmente envolver áreas as quais a Ucrânia não pretende e não vai abdicar, pois são territórios vitais para o país.

Grupo dos sete – G7

O grupo dos sete ou G7 é formulado por países não-europeus, como EUA, Canadá e Japão, sua origem se deu pela necessidade de discutir temas de economia em um ambiente mais informal e assim nasceu nos anos 70, quando os presidentes dos cinco países mais ricos começaram a se reunir. A primeira reunião aconteceu em 1975, na França, com a presença dos seis países mais industrializados de todo o mundo.

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