Os preços do petróleo voltaram a cair na sexta-feira, com um aumento médio de 2% após a maior queda em três anos. Seguiu a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de outro aumento das tarifas sobre as importações chinesas.
Os futuros Brent subiram US $ 1,50, ou 2,5%, subindo para US $ 62 o barril na manhã de sexta-feira, enquanto os futuros do West Texas Intermediate (WTI) subiram US $ 1,07, ou 2%, para US $ 55,02 por barril.
“O petróleo bruto consolidou-se com uma forte recuperação no início do pregão de hoje, no entanto, a volatilidade provavelmente continuará alta, já que o mercado tem a sensação de possíveis medidas retaliatórias chinesas nos próximos dias”, disse a consultoria JBC Energy.
A consultoria observou, no entanto, que a situação é instável e é difícil prever como “as chances de uma rápida aproximação entre os EUA e a China [estão] diminuindo”.
Tanto o Brent quanto o WTI caíram mais de 7% na quinta-feira, caindo para o menor patamar em três anos. Essa foi a reação do mercado de petróleo à promessa de Trump de impor uma tarifa de 10 por cento sobre 300 bilhões de dólares de importações chinesas, bem como seu alerta de um possível aumento se a China não conseguir fechar um acordo comercial com Washington no futuro próximo.
Trump recentemente alertou que a China obterá um acordo “muito mais difícil” se Pequim continuar empenhando as negociações até a eleição presidencial de 2020 nos EUA. Ele criticou Pequim por falhar em cumprir sua promessa de comprar “grandes quantidades” de produtos agrícolas americanos, uma alegação que a China nega.
A mudança de Trump estende as tarifas para quase todas as importações da China para os EUA. Ela deve entrar em vigor no dia 1º de setembro e, segundo especialistas, poderá intensificar ainda mais o conflito entre as duas principais economias do mundo e os consumidores crus, uma vez que já prejudicou as cadeias globais de suprimentos e colocou os mercados financeiros no limite.
