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Petrobras define metas ambiciosas e expande sua participação na produção de petróleo global até 2030

Aumento na produção de petróleo e crescimento do pré-sal posicionam o Brasil como um fornecedor-chave no cenário mundial.

by Marcelo Santos
Petrobras define metas ambiciosas e expande sua participação na produção de petróleo global até 2030

O diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, anunciou recentemente que o Brasil tem planos ambiciosos de elevar sua participação no suprimento global de petróleo para 4% até o ano de 2030, em comparação aos atuais 3%. Segundo Birol, essa proporção será mantida ao longo da década de 2040.

Para alcançar essa meta, o diretor-executivo da IEA considera que o Brasil atingirá uma produção de petróleo de aproximadamente 4,5 milhões de barris por dia até o final desta década e início da próxima.

Os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que a produção média de petróleo do Brasil atingiu um recorde de 3,678 milhões de barris por dia em novembro, impulsionada pelo desenvolvimento de áreas significativas do pré-sal.

Crescimento da produção de petróleo brasileira

A expectativa no Brasil é de que a produção doméstica de petróleo continue a crescer ao longo desta década, especialmente devido ao potencial do pré-sal. Durante uma coletiva de imprensa em Brasília, após a assinatura do Plano de Trabalho Conjunto com o Brasil para a Aceleração da Transição Energética, Fatih Birol destacou a importância do Brasil como um fornecedor confiável de petróleo para o mundo.

Ele observou que, embora a demanda global por petróleo deva atingir seu pico e diminuir em algum momento no futuro, a dependência desse recurso não desaparecerá da noite para o dia. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou durante o evento de assinatura do acordo que a matriz energética brasileira já é altamente renovável.

Brasil na liderança da transição energética global

O ministro de Minas e Energia destacou que o Brasil busca desempenhar um papel de liderança na transição energética global, graças aos esforços da população e às riquezas naturais do país. “Com o esforço do nosso povo e as riquezas naturais do nosso país, já somos exemplo de como uma matriz energética diversificada, plural, limpa e renovável pode ser construída com sucesso,” declarou o ministro.

O governo federal e a indústria de petróleo brasileira têm enfatizado que a maior parte da produção de petróleo do país ocorre em alto mar, com custos e emissões relativamente baixos, o que o coloca em uma posição favorável para permanecer como um importante fornecedor de petróleo durante o processo de transição energética global.

Recorde na produção de petróleo e gás em 2023

A produção média brasileira de petróleo registrou um recorde de 3,402 milhões de barris por dia em 2023, uma alta significativa de 12,57% em relação a 2022. Esse aumento foi impulsionado pela instalação de quatro novas plataformas pela Petrobras nas bacias de Santos e Campos, de acordo com dados da reguladora ANP.

A extração de gás natural também alcançou um recorde de 150 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) no ano passado, representando um aumento de cerca de 8,7% em comparação com o ano anterior. Somando a produção de petróleo e gás natural, o Brasil produziu um volume médio de 4,344 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em 2023, o que representou um aumento de 11,69% em relação ao recorde anterior, alcançado em 2022.

Pré-Sal contribui para a produção nacional de petróleo

A ANP observou que esta foi a primeira vez que a produção média anual nacional atingiu uma marca acima dos 4 milhões de boe/d. Do montante total, o pré-sal foi responsável por 3,304 milhões de boe/d, representando aproximadamente 75,18% da produção nacional, de acordo com a ANP.

Em 2023, a Petrobras, como operadora, iniciou a produção nas plataformas do tipo FPSO Almirante Barroso, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba. Além disso, a petroleira estatal brasileira destacou que alcançou as capacidades máximas de produção de óleo das plataformas P-71, no campo de Itapu, do FPSO Guanabara, no campo de Mero, e do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios. Este último marco ocorreu em outubro de 2023, menos de cinco meses após o primeiro óleo, estabelecendo um recorde no pré-sal.

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