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Petrobras atinge novo recorde de produção no pré-sal no 2º trimestre de 2023

Com essas conquistas, a Petrobras se consolida como uma importante protagonista na indústria de petróleo e gás.

by Andriely Medeiros
Com essas conquistas, a Petrobras se consolida como uma importante protagonista na indústria de petróleo e gás.

A estatal Petrobras registrou um novo recorde trimestral de produção no pré-sal durante o período de abril a junho, atingindo a marca de 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Os dados promissores foram divulgados no Relatório de Produção e Vendas do 2T23, publicado nessa quarta-feira (26). Essa impressionante produção representou 78% da produção total da companhia, superando o recorde anterior de 2,05 milhões de boed, alcançado no primeiro trimestre.

Paradas e manutenções impactam produção, mas novos projetos trazem compensações

Apesar desse marco significativo no pré-sal, a produção média de óleo, LGN e gás natural teve uma leve redução de 1,5% no último trimestre, em comparação com o 1T23, chegando a 2,64 milhões de boed. Essa diminuição foi atribuída principalmente a paradas programadas para manutenção em algumas unidades, ao declínio natural de campos maduros e aos desinvestimentos realizados pela empresa.

No entanto, os efeitos negativos foram em parte compensados por avanços em outros projetos. O ramp-up da P-71, localizada no campo de Itapu, e o início da produção em maio dos FPSOs Almirante Barroso, em Búzios, e Anna Nery, em Marlim, contribuíram positivamente para os resultados. Além disso, novos poços de projetos complementares na Bacia de Campos também foram importantes para atenuar os impactos das reduções.

Uma notícia animadora para a indústria foi a conclusão das atividades de ancoragem da segunda unidade do projeto de revitalização de Marlim e Voador, o FPSO Anita Garibaldi. A previsão é que essa unidade entre em operação no terceiro trimestre do ano, o que deve impulsionar ainda mais a produção da Petrobras.

Fator de utilização das unidades de refino atinge patamares recordes

Quanto às unidades de refino da empresa, o fator de utilização (FUT) atingiu impressionantes 93% no 2T23, sendo que, em junho, esse número alcançou o marco ainda mais significativo de 95%. Esses valores são os maiores desde 2015, demonstrando a eficiência operacional da Petrobras, mesmo considerando as paradas programadas de manutenção em algumas refinarias.

A produção de gasolina, QAV e diesel representou 67% da produção total no 2T23, mantendo-se em um elevado patamar em comparação com o primeiro trimestre do ano. No segmento de gasolina, houve um aumento significativo de 7,4% na produção no segundo trimestre em comparação com o período anterior, seguindo a tendência do mercado e aproveitando a maior capacidade operacional das refinarias. Em junho, a produção de gasolina alcançou 421 mil barris por dia (bpd), um resultado que não era visto desde 2014.

As vendas de gasolina no 2T23 também apresentaram um crescimento sólido de 4,8% em relação ao primeiro trimestre, sendo o melhor desempenho para o mesmo período nos últimos seis anos, mesmo diante do desinvestimento de algumas refinarias.

Em comparação com o segundo trimestre do ano anterior, as vendas aumentaram impressionantes 15,7%, impulsionadas pelo ganho de participação da gasolina em relação ao etanol hidratado nos abastecimentos de veículos flex e pelo aumento do mercado ciclo Otto.

Avanço do programa BioRefino da Petrobras impulsiona produção de Diesel R5

No que diz respeito à produção de diesel, a Petrobras registrou um aumento de 9,7% no último trimestre em relação ao primeiro trimestre. O diesel S10, o qual é menos poluente, com menor impacto ambiental, alcançou um recorde mensal de 442 mil bpd em junho. Esses resultados foram obtidos graças a melhorias operacionais constantes, otimização de processos e controle da produção, tudo isso visando atender à crescente demanda por esse derivado.

Além disso, a estratégia de transição energética da empresa para um mercado de baixo carbono também tem apresentado resultados promissores. Em abril, a Petrobras produziu um novo lote de 5,8 milhões de litros de Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável, o que é suficiente para abastecer até 19.300 ônibus convencionais, com potencial redução de emissões de cerca de 610 toneladas de gases de efeito estufa.

As vendas de diesel no 2T23 aumentaram em 0,8% em relação ao 1T23, com o volume de produção acompanhando o volume de vendas. Esse crescimento é explicado principalmente pela sazonalidade de consumo, que é geralmente mais fraca no primeiro trimestre de cada ano, devido à redução da atividade econômica. Esse efeito, no entanto, foi parcialmente atenuado pelo aumento do teor de mistura obrigatória de biodiesel a partir de abril de 2023.

Com essas conquistas, a Petrobras se consolida como uma importante protagonista na indústria de petróleo e gás, mostrando sua capacidade de superar desafios e buscar constantemente aprimorar suas operações e contribuir para um futuro mais sustentável.

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