A Petrobras anunciou ao mercado na última quinta-feira, 9, os principais resultados do terceiro trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 26,6 bilhões e um EBITDA ajustado de R$ 66,2 bilhões, impulsionados pelo crescimento na produção de petróleo, gás e outros. Embora os ganhos operacionais tenham sido positivos, o lucro líquido foi impactado pela baixa valorização do real frente ao dólar. A empresa também manteve sua dívida sob controle, encerrando o trimestre com aproximadamente US$ 61 bilhões. Segundo o anunciado, a companhia agora busca um crescimento focado na sustentabilidade, evidenciado pelo compromisso ambiental e avanços em eficiência energética.
Lucro líquido da Petrobras no 3º trimestre do ano chegou a R$ 26,6 bilhões
A Petrobras apresentou seus novos resultados do terceiro trimestre de 2023, destacando-se pelo seu desempenho financeiro e expansão na produção de petróleo. Conforme anunciado, a companhia registrou um lucro líquido impressionante de R$ 26,6 bilhões no período analisado. Este resultado reflete os investimentos da empresa no mercado nacional, focando em resultados financeiros ainda maiores.
A empresa também viu um crescimento expressivo no EBITDA ajustado, que mede o desempenho operacional. Comparando com o trimestre anterior, o EBITDA ajustado cresceu 17%, atingindo a sexta melhor marca trimestral na história da Petrobras. Esse crescimento é atribuído às maiores exportações e vendas internas de derivados, à valorização do preço do petróleo (Brent) e à redução nas importações de Gás Natural Liquefeito (GNL).
Embora os ganhos nas operações de produção tenham sido relevantes, o lucro líquido nesse trimestre foi afetado pela desvalorização do real em relação ao dólar, resultando em uma redução de 7,5% em comparação com o trimestre anterior. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o lucro líquido caiu 42%, em razão das influências do declínio do preço do Brent, além de, claro, a redução nas margens dos produtos derivados do óleo no mercado internacional.
No entanto, em um cenário de incertezas no mercado de combustíveis global, a Petrobras demonstrou se manteve firme ao enfrentar uma queda menor no fluxo de caixa operacional (FCO) e livre (FCL) em comparação com outras grandes empresas do setor. Enquanto as gigantes da indústria registraram uma redução média de 28% no FCO e 43% no FCL nos nove primeiros meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, a Petrobras teve quedas de apenas 14% e 25%, respectivamente.
Estatal mantém endividamento controlado no mercado de petróleo e gás
Apesar das variações no cenário global, a Petrobras manteve sua dívida bruta em um patamar razoável, dentro do intervalo de referência entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões. No final do terceiro trimestre de 2023, a dívida bruta da petroleira chegou a aproximadamente US$ 61 bilhões, uma elevação de 5% em relação aos três meses anteriores. Essa elevação está relacionada à chegada da operação do FPSO Anita Garibaldi na Bacia de Campos, seguindo as normas contábeis internacionais.
Além disso, os investimentos da Petrobras na produção de petróleo totalizaram US$ 3,4 bilhões, representando um aumento de 5% em relação ao trimestre anterior, focando em um lucro líquido ainda maior. Mesmo enfrentando desafios no mercado fornecedor, a Petrobras prevê encerrar o ano com investimentos de aproximadamente US$ 13 bilhões, sem comprometer suas metas de produção de petróleo para 2023. Além disso, a empresa contribuiu significativamente para a sociedade, pagando R$ 56,5 bilhões em tributos no terceiro trimestre e distribuindo R$ 9 bilhões em dividendos ao grupo controlador.
Por fim, no cenário operacional, a Petrobras alcançou resultados relevantes. Conforme divulgado, a produção média de GNL, petróleo e gás natural próprio cresceu 9% em relação ao segundo trimestre de 2023, atingindo 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O destaque no mercado foi para o pré-sal, responsável por um recorde trimestral de 2,25 milhões de boed, representando 78% da produção total da Petrobras.
