A Opep previu na quinta-feira que a demanda mundial por seu petróleo bruto cairá no próximo ano, à medida que os rivais injetarem mais, apontando para o retorno de um superávit, apesar de um pacto liderado pela Opep para restringir o fornecimento.
Dando suas primeiras previsões para 2020 em um relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo disse que o mundo precisaria de 29,27 milhões de barris por dia de seus 14 membros no ano que vem, uma queda de 1,34 milhão de barris a partir deste ano.
A queda na demanda por petróleo bruto da OPEP destaca o impulso sustentado que a política da Opep de apoiar os preços por cortes na oferta está dando para o xisto dos EUA e outros estoques rivais. Isso potencialmente dá ao presidente dos EUA, Donald Trump, mais espaço para manter as sanções contra os membros da Opep, Irã e Venezuela.
“NOS. espera-se que a produção de petróleo bruto continue a crescer à medida que novos dutos permitirão que mais petróleo bruto permeio flua para o centro de exportação da Costa do Golfo dos EUA ”, disse a OPEP, usando outro termo para o óleo de xisto.
A Opep no relatório também previu que a demanda mundial por petróleo aumentaria no mesmo ritmo que este ano e que a economia mundial se expandiria no ritmo deste ano, apesar do crescimento mais lento nos Estados Unidos e na China.
“A previsão para 2020 pressupõe que não ocorram mais riscos negativos, particularmente que as questões relacionadas ao comércio não aumentem ainda mais”, disse a OPEP sobre as perspectivas econômicas.
“O Brexit representa um risco adicional, assim como a continuação da atual desaceleração na atividade manufatureira”.
A Opep e seus aliados renovaram na semana passada um pacto de corte de oferta até março de 2020, citando a necessidade de evitar a acumulação de estoques que poderiam atingir os preços.
A Opep também disse que sua produção de petróleo em junho caiu 68 mil bpd, para 29,83 milhões de bpd, acima da previsão de demanda para 2020.
Isso sugere que haverá um excedente de oferta de mais de 500.000 bpd em 2020 se a OPEP continuar a bombear na taxa de junho e outras coisas permanecerem iguais.
