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Óleo na Baía de Todos-os-Santos pode causar mais estrago que no Litoral Norte

A transferência de derramamentos de óleo para a Baía de Todos os Santos e para o litoral sul da Bahia pode provocar ainda mais tragédias do que nas últimas semanas. Isso ocorre porque essas regiões são mais ricas em recifes, corais e manguezais do que a parte norte do estado. Miguel Accioli, professor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), teme que o petróleo entre nos manguezais.

“Essas regiões são mais sensíveis. A presença desse óleo nos manguezais ameaça a fauna e a flora, bem como os meios de subsistência daqueles que vivem essa atividade. Coletar pontos na praia é mais fácil do que nos corais e ainda mais difícil nos manguezais. Eles ficam presos nas raízes das árvores e emitem toxicidade que ameaça a vida dos animais e a nossa ”, disse ele.

O professor faz parte de uma única equipe, um grupo de pesquisadores e autoridades governamentais que monitoram a crise causada por esse desastre ambiental. Ele exigiu maior agilidade e proatividade do governo e disse que o petróleo também atingiu o fundo do oceano na região das marés, o que ameaça o habitat de camarões, lagostas, polvos e várias espécies de peixes.

Segundo a Marinha, o petróleo atingiu o litoral da ilha de Itaparika, mas ainda não entrou na Baía de Todos os Santos. “A única área oleada na baía é Vera Cruz, mas essa é uma interpretação sobre se pode ser chamada na boca ou na boca”, disse ele.

Francisco Kelmo, diretor do Instituto de Biologia Ufa, enfatizou que a região possui uma alta concentração de peixes e moluscos e que isso pode afetar a economia porque famílias inteiras sobrevivem dessa atividade. Seria ideal para ele proteger a baía antes que os pontos atingissem Vera Cruz.

“Quando ele se aproxima, a estratégia será fechar a entrada do estuário, impedir que o local entre na zona dos manguezais, há muitos na região”, afirmou.

O professor Axioli enfatizou que o uso de barreiras de proteção tradicionais usadas no fornecimento de navios não resolve o problema, já que a mancha passa por baixo dele.

“Aracaju tentou usar bóias, mas elas não resistiram ao poder da maré e da explosão. Alagoas passou dias sem detectar a presença de óleo e, nesta semana, os pontos voltaram a aparecer de forma absurda. Até que a causa desse problema seja identificada, a ameaça continuará ”, afirmou.

De manhã, foi realizada uma reunião no Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) com representantes dos municípios afetados pelas manchas. Foi dado um guia e distribuído um livreto com informações sobre como coletar e armazenar o óleo encontrado nas praias. Fonte: Jornal Correio *

Roberto Vieira

Roberto possui grande experiência no setor petrolífero, atuante em grandes empresas como, Petrobras, Shell e Exxon Mobil, viu de perto o que se passa no dia a dia de uma grande empresa e sempre está atento a tudo que acontece nesse setor. Contato: robertovieira@petrosolgas.com.br

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