Home ENERGIA Obras da maior usina solar flutuante do Brasil estão chegando ao fim, representando o início de uma nova era de energia

Obras da maior usina solar flutuante do Brasil estão chegando ao fim, representando o início de uma nova era de energia

A usina solar flutuante produzirá até 10 GWh por ano de energia solar, equivalente ao consumo de 4.000 residências durante um ano inteiro.

by Marcelo Santos
Obras da maior usina solar flutuante do Brasil estão chegando ao fim, representando o início de uma nova era de energia

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, celebrou a inauguração da primeira etapa da usina solar flutuante Araucária, localizada na represa Billings, na zona sul da capital. Essa usina de energia solar está prestes a revolucionar a produção de energia limpa e acessível na maior metrópole do Brasil.

Investimento inicial de R$ 30 milhões na usina solar flutuante

Com um investimento inicial de R$ 30 milhões, a Usina Fotovoltaica Flutuante Araucária tem a capacidade de produzir até 10 GWh por ano de energia solar, equivalente ao consumo de 4.000 residências durante um ano inteiro. O projeto utiliza o espelho d’água da represa Billings para gerar energia de forma sustentável e inovadora.

“Temos a primeira usina solar flutuante comercialmente operacional no Brasil. É um exemplo que veio para ficar, e temos que aproveitar esse potencial para gerar energia limpa, acessível e econômica. É mais um passo na nossa política energética de sustentabilidade,” declarou o governador Tarcísio de Freitas durante a cerimônia de inauguração.

Alternativa viável e segura

Essa usina solar flutuante representa uma alternativa viável e segura para áreas com alta densidade populacional, como São Paulo. Ela pode ser implantada sobre áreas anteriormente utilizadas como aterros sanitários, lagos de barragens de hidrelétricas ou lagos formados em cavas de mineração exauridas. O potencial é imenso, com projetos semelhantes em andamento em todo o país.

“A Usina Fotovoltaica Flutuante Araucária é a concretização de nossos esforços em direção à energia limpa, transição energética e descarbonização. Nosso plano de energia tem um horizonte até 2050, e no último ano, prospectamos mais de R$ 20 bilhões em projetos de energia que promovem a economia circular. Isso significa usar energia limpa para fornecer serviços de alta qualidade, aliados à proteção do meio ambiente e à verdadeira sustentabilidade,” afirmou Natália Resende, representante do governo paulista.

Detalhes técnicos da usina solar flutuante

A Usina solar flutuante Araucária possui um pico de potência instalada de 7 MW, com 5 MW de potência de conexão. Os painéis fotovoltaicos estão instalados sobre flutuadores de polietileno de alta densidade. A usina aguarda a emissão da licença de operação pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para iniciar sua produção de energia.

Quando estiver em pleno funcionamento, a usina Araucária se tornará a maior de geração distribuída do Brasil, com geradores localizados próximos aos centros de consumo. A produção dessa usina será abatida do consumo de energia elétrica dos clientes, por meio de compensação nas contas de luz.

O governo paulista destacou que a implementação da usina criou aproximadamente 200 empregos em apenas dois meses. Além disso, o espaço ocupado pela usina na superfície da represa Billings é inferior a 0,1% da área total, o que resulta em um baixo impacto ambiental.

São Paulo lidera a geração de energia solar

São Paulo ocupa atualmente a liderança nacional na geração de energia solar. O estado possui um potencial energético de 3,8 gigawatts instalados por meio de captação solar, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Esse potencial é mais do que suficiente para atender mais de 400 mil consumidores.

A conclusão da usina solar flutuante Araucária está prevista para o final de 2025, quando serão entregues mais 75 MW de energia renovável, representando um investimento total de R$ 450 milhões.

A inauguração da Usina Fotovoltaica Flutuante Araucária é um marco significativo no caminho de São Paulo em direção a uma matriz energética mais limpa e sustentável, e demonstra o compromisso do estado em liderar a revolução da energia solar no Brasil. Com projetos como esse, São Paulo está pavimentando o caminho para um futuro mais verde e energicamente eficiente.

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