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Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira propõe exploração de urânio para impulsionar energia nuclear no Brasil

Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, reforçou a necessidade de exploração de urânio para o setor de energia nuclear nacional.

by Andriely Medeiros
Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, reforçou a necessidade de exploração de urânio para o setor de energia nuclear nacional.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), defendeu a exploração do urânio durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia 2024, destacando seu potencial para impulsionar a energia nuclear no país. Com o Brasil detendo a sexta maior reserva mundial desse recurso, Silveira enfatizou a possibilidade de utilizar a energia nuclear como fonte de financiamento para o setor elétrico nacional. A proposta foi apoiada pelo Deputado Júlio Lopes (PP/RJ), que destacou a viabilidade de utilizar parte das reservas de urânio para atrair investimentos internacionais, impulsionando assim o desenvolvimento do segmento. 

Exploração de urânio pode ser a chave para a energia nuclear, afirma Alexandre Silveira

Durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia 2024, realizado no Rio de Janeiro na última sexta-feira (12/04), o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), destacou a importância da exploração do urânio para impulsionar o desenvolvimento da energia nuclear no Brasil. Com reservas estimadas em cerca de 309 mil toneladas, o Brasil detém a sexta maior reserva mundial desse recurso.

Silveira ressaltou que o país possui mais urânio do que o valor de mercado da Petrobras, o que representa uma oportunidade para investimentos e avanços na matriz energética nacional. Em seu discurso, o ministro afirmou que é crucial explorar essa fonte de energia, não apenas para o enriquecimento nuclear, mas também como uma potencial fonte de financiamento para o setor elétrico brasileiro.

“No Brasil, num país com dimensão territorial no Brasil, não dá pra conceber que nós vamos continuar levando óleo e diesel 600, 700, 900 quilômetros de barco para os sistemas isolados”, destacou o ministro.

A energia nuclear tem sido debatida como uma alternativa viável e limpa em muitos países ao redor do mundo, e o Brasil não é exceção. O deputado Júlio Lopes (PP/RJ) destacou a necessidade de considerar a energia nuclear como parte essencial da transição energética do país. Ele argumentou que a exploração das reservas de urânio já existentes no Brasil poderia financiar um programa nuclear de larga escala, sem a necessidade de recursos públicos.

“Temos hoje verificados e codificados 309 mil toneladas de urânio. Essa fortuna enterrada, que não é pesquisada há mais de 20 anos, faz um montante superior a 65 bilhões de dólares”, afirmou.

Segundo Lopes, as reservas de urânio, se exploradas adequadamente, poderiam gerar uma receita considerável para o país. Ele sugeriu a securitização de uma parte dessas reservas, emitindo títulos da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em mercados internacionais, como Londres, Nova York e Japão, o que poderia resultar em bilhões de dólares em investimentos.

Ministro de Minas e Energia quer abordagem segura para a exploração do urânio

A proposta de Silveira e Lopes destaca a importância de uma abordagem responsável e sustentável na exploração do urânio e na expansão da energia nuclear no Brasil. Além do potencial econômico, a energia nuclear é considerada uma fonte de energia limpa, que pode ajudar o país a reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e a mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Para alcançar esses objetivos, o ministro destacou que é fundamental investir em tecnologias e práticas que garantam a segurança e a eficiência das usinas nucleares, bem como o gerenciamento adequado dos resíduos radioativos. Além disso, é necessário promover o diálogo e a participação pública, garantindo que as comunidades afetadas sejam ouvidas e que haja transparência em todo o processo.

O debate em torno da exploração do urânio e do desenvolvimento da energia nuclear no Brasil está longe de ser concluído. No entanto, as propostas apresentadas pelo Ministro Silveira e pelo Deputado Lopes fornecem uma base sólida para uma discussão mais aprofundada sobre o papel da energia nuclear na matriz energética nacional.

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