Cenário otimista na produção e nas vendas de carros elétricos a partir de 2030. A projeção está inserida no relatório da organização de pesquisa norte-americana Rocky Mountain Institute (RMI), ‘X-change: Cars’ (Raio X dos carros, em tradução ao português).
De acordo com o estudo, a alta significativa dos veículos sustentáveis ocorre em simultâneo a queda global do uso de petróleo para automóveis e os atuais motores de combustão interna – que, segundo o relatório, está no fim de um era já iniciada. Nos próximos sete anos, caso as indicações se confirmem, os automóveis elétricos representarão entre 62% a 86% do mercado.
Conforme a RMI, o aumento nas vendas é liderado por países do norte europeu e pela China – que dispõe de uma forte política estatal de subsídios aos carros elétricos. Pela projeção, em seis anos a comercialização dos veículos movidos a baterias saltará de 1% para 10%, podendo chegar em 80% nas nações apontadas como referências no setor. Além do avanço produtivo e comercial, a economia na fabricação é um ponto sensível de valorização dos carros elétricos.
“Como os custos das baterias desfrutam de curvas de aprendizagem, a paridade de preços do custo total de propriedade foi alcançada e a paridade de preços de etiqueta será alcançada em todos os principais mercados e segmentos automóveis até ao final da década. Isso permitirá que a revolução se alargue por todo o Sul Global e se aprofunde em outros setores dos transportes.”, acrescenta o estudo.
Combustíveis fósseis x veículos elétricos
A vantagem dos carros elétricos frente aos automóveis abastecidos com combustíveis derivados do petróleo indica que, segundo a pesquisa, a procura pelo óleo chegou ao seu platô e por consequência um declínio.
“Até 2030, a procura de petróleo para automóveis cairá em mais de 1 milhão de barris por dia (mbpd) anualmente, e o [que representa] o fim de um quarto da procura global de petróleo”, alega a publicação.
A pesquisa da RMI pode ser acessada nesse link.
