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Mega fusão de US$ 26 bilhões: Diamondback desafia Exxon e Chevron como novo titã do petróleo

Diamondback Energy adquire Endeavor Energy Partners em um acordo bilionário na indústria do petróleo.

by Marcelo Santos
Mega fusão de US$ 26 bilhões-Diamondback desafia Exxon e Chevron como novo titã do petróleo

A Diamondback Energy, empresa de energia sediada no Texas, anunciou sua aquisição da Endeavor Energy Partners em um negócio avaliado em impressionantes US$ 26 bilhões. Esta aquisição marca uma das maiores transações na indústria do petróleo dos EUA recentemente e solidifica a posição da Diamondback como um dos principais players na produção de petróleo e gás na bacia permiana do Texas e Novo México, atrás apenas da Exxon e Chevron.

Disputa acirrada e vitória da Diamondback

Após uma corrida acirrada com a ConocoPhilips, a Diamondback emergiu como vencedora na disputa pela Endeavor Energy Partners, uma das principais produtoras privadas de petróleo dos Estados Unidos. O acordo, que se arrastava há semanas, foi fechado por meio de um investimento considerável, com a Diamondback concordando em desembolsar US$ 26 bilhões, incluindo a dívida líquida da Endeavor.

Do total do investimento, US$ 8 bilhões serão pagos em dinheiro, enquanto o restante será financiado por meio da emissão de aproximadamente 117,3 milhões de ações da Diamondback. Com esta aquisição, os acionistas da Diamondback passarão a deter cerca de 60,5% da empresa combinada, enquanto os investidores da Endeavor possuirão aproximadamente 39,5% de participação na nova companhia.

Consolidação na indústria do petróleo

A consolidação na indústria do petróleo tem sido uma tendência crescente nos últimos anos, com grandes empresas como a Exxon e Chevron também buscando expandir suas operações por meio de aquisições bilionárias. A fusão entre Diamondback e Endeavor resultará em uma empresa que se posiciona como o terceiro maior produtor de petróleo e gás na bacia permiana, atrás apenas da Exxon e Chevron.

Além do aumento na produção de petróleo, a fusão também é esperada para gerar sinergias substanciais, com projeções de até US$ 550 milhões por ano em economias de custos. Essas sinergias incluem reduções nos custos operacionais, alocação mais eficiente de capital e economias financeiras e corporativas.

Conclusão da aquisição espera aprovação dos acionistas

A conclusão desta aquisição está prevista para o quarto trimestre de 2024, sujeita à aprovação dos acionistas e ao cumprimento de outras condições regulatórias. Com a formação da nova empresa combinada, espera-se que a Diamondback fortaleça ainda mais sua posição como uma operadora líder na bacia permiana, aproveitando as vastas reservas de óleo de xisto e betume na região.

A aquisição da Endeavor Energy Partners pela Diamondback Energy representa um marco significativo na indústria do petróleo dos Estados Unidos, consolidando a posição da empresa como uma das principais produtoras na bacia permiana. Com sinergias projetadas e uma estratégia de crescimento bem definida, a Diamondback está posicionada para impulsionar ainda mais sua presença e influência no mercado de energia global, em meio a um cenário de consolidação contínua na indústria.

Petróleo fecha em queda após aumento nos estoques nos EUA

O mercado de petróleo enfrentou uma reviravolta nesta quarta-feira (14), encerrando o dia com perdas ao redor de 1%, após os estoques da commodity nos Estados Unidos apresentarem um aumento significativo na semana passada. Essa tendência indica uma possível redução na demanda por petróleo na maior economia do mundo.

O barril do petróleo WTI, referência americana com entrega prevista para abril, registrou uma queda de 1,55%, sendo cotado a US$ 76,36 ao fechamento do pregão. Enquanto isso, o barril do Brent, referência global para o mesmo mês, cedeu 0,93%, alcançando o valor de US$ 82,00.

Cautela no mercado

O otimismo inicial do mercado, impulsionado pela queda do dólar e as tensões no Oriente Médio, deu lugar à cautela após os estoques americanos de petróleo apresentarem um aumento de 12,2 milhões de barris na semana passada. Esse resultado superou em muito a alta prevista de 2,8 milhões de barris, de acordo com dados do Departamento de Energia dos EUA.

Analistas apontam que o “enorme” acúmulo nos estoques de petróleo se deve à normalização da produção doméstica e às dificuldades enfrentadas pelas refinarias devido a manutenções planejadas e não planejadas. Troy Vincent, analista sênior de mercado da DTN, destacou que esse é o terceiro mês consecutivo em que os estoques da commodity aumentaram além do esperado.

Apesar da queda nos estoques de gasolina e produtos destilados, os analistas permanecem cautelosos devido ao aumento do petróleo cru estocado nos Estados Unidos. Phil Flynn, analista sênior de mercado da Price Futures Group, acredita que o lado da oferta de petróleo está se tornando apertado, o que pode dar suporte aos preços no futuro. No entanto, ele alerta que as refinarias precisarão fazer um “trabalho bem impressionante” para acompanhar a demanda, conforme indicado pelos estoques de produtos derivados do petróleo.

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