Home INDÚSTRIA Equinor vence disputa e adquire 500 mil barris de petróleo do Campo de Atapu em processo da PPSA

Equinor vence disputa e adquire 500 mil barris de petróleo do Campo de Atapu em processo da PPSA

A vitória da Equinor nesse processo enfatiza sua posição estratégica no mercado nacional e destaca o valor crescente do petróleo do Campo de Atapu.

by Andriely Medeiros
A vitória da Equinor enfatiza sua posição estratégica no mercado nacional e destaca o valor crescente do petróleo do Campo de Atapu.

Recentemente, a Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) conduziu com sucesso mais um processo de venda direta, visando a comercialização da segunda carga de petróleo pertencente à União, proveniente do contrato de partilha de produção dos volumes excedentes da cessão onerosa do Campo de Atapu, localizado no Polígono do Pré-sal. Com a participação de seis empresas cadastradas, a disputa pelo lote se concentrou entre dois gigantes do setor: a Petrobras e a Equinor.

Segunda carga de petróleo da União oriunda do Campo de Atapu é comercializada em processo de venda direta

A concorrente norueguesa, Equinor, emergiu como vencedora desse processo, assegurando a aquisição de 500 mil barris de petróleo. Sua oferta de preços foi estruturada com base no Preço de Referência determinado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o petróleo proveniente do Campo de Atapu.

O resultado demonstra não apenas a eficácia do sistema de venda direta da PPSA, mas também o interesse robusto das empresas em adquirir petróleo da União. Dentre as nove empresas convidadas a participar desse processo, todas já com operações no pré-sal, a Equinor destacou-se como a escolha preferencial.

A dinâmica das ofertas ocorreu em tempo real, por meio de uma reunião virtual realizada na plataforma Teams, na qual representantes das empresas envolvidas interagiram com a PPSA. A proposta da Equinor se destacou como a mais vantajosa, garantindo-lhes a oportunidade de adquirir a carga de petróleo, cuja disponibilidade está prevista para o final de setembro.

Equinor conquista oferta competitiva e amplia sua atuação no mercado de petróleo brasileiro

A Equinor, empresa global de energia com sede na Noruega, possui um histórico de atuação no Brasil desde 2001. No cenário da partilha de produção, a companhia atua como operadora no contrato de Norte de Carcará, além de ser consorciada nos projetos de Uirapuru e Dois Irmãos. O sucesso nesse processo da PPSA marca a entrada inédita da Equinor em um processo competitivo para aquisição de petróleo proveniente da União.

Em janeiro deste ano, a PPSA realizou o processo de venda direta inaugural para comercialização da primeira carga de petróleo proveniente do Campo de Atapu. Naquela ocasião, a Galp Energia Brasil saiu vitoriosa, adquirindo o lote de 500 mil barris. A Galp Energia Brasil também já havia triunfado no processo anterior conduzido pela PPSA em agosto de 2022, assegurando a compra da primeira carga de petróleo da União proveniente do Campo de Sépia, também composta por 500 mil barris.

A competição acirrada e a adesão das principais empresas do setor a esses processos de venda direta evidenciam a relevância e o potencial dos campos de petróleo do pré-sal brasileiro. A PPSA, como responsável pela administração dessas operações, continua a desempenhar um papel crucial na promoção de transparência e eficiência nas negociações envolvendo a comercialização desses recursos estratégicos do país.

Conheça a Equinor

A Equinor tem sua sede na Noruega e é uma das maiores empresas de petróleo e gás do mundo. Ela está envolvida em várias atividades, incluindo exploração, produção, refino e comercialização de hidrocarbonetos. No entanto, a empresa também está investindo cada vez mais em energias renováveis, como eólica offshore (parques eólicos marítimos) e solar, assim como em tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CAC) e outras soluções de baixa emissão de carbono.

Descubra um pouco sobre a Pré-Sal Petróleo

A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) é uma empresa estatal brasileira criada em 2013 para gerenciar os contratos de partilha de produção relacionados à exploração de petróleo na camada pré-sal da Bacia de Santos, localizada no litoral do Brasil. A empresa atua como a representante do governo federal nos contratos de partilha de produção celebrados com empresas do setor petrolífero. Seu objetivo principal é assegurar que o Estado brasileiro receba a parcela adequada dos lucros provenientes da exploração desses recursos naturais.

Veja também