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Dirigível movido a energia solar e hidrogênio planeja viagem de volta ao mundo sem o uso de combustíveis fósseis

Empresa desenvolve dirigível movido a energia solar e hidrogênio que conta com 151 metros de comprimento. O modelo que não utiliza combustíveis fósseis pode percorrer até 40 mil km.

by Marcelo Santos
Dirigível movido a energia solar e hidrogênio planeja viagem de volta ao mundo com um dirigível sem o uso de combustíveis fósseis

Uma startup da França planeja voar por 20 dias com um dirigível ao redor do mundo, sem utilizar combustíveis fósseis poluentes e sem escalas. O Solar Airship, dirigível movido a energia solar e hidrogênio, possui 151 metros de comprimento que serão preenchidos por 50 mil m³ de gás hélio.

Dirigível que não utiliza combustíveis fósseis pode percorrer por 40 mil km 

Os dirigíveis já foram muito populares, entretanto foram deixados de lado devido ao seu grande risco, especialmente por serem extremamente inflamáveis. A tragédia de Hindenburg em 1937 foi o ponto definitivo, de forma que estes veículos caíram em desuso até então.

É certo que projetos de dirigíveis nunca foram completamente abandonados, entretanto deixaram de ser viáveis. Com a tecnologia atual, seu retorno se mostra não apenas possível, mas conveniente. Alguns projetos atuais incluem o Pathfinder 3, Airlander 10 e o Air Yacht. Desta vez, a Euro Airship planeja trazer seu dirigível movido a energia solar e hidrogênio para a lista.

O projeto que dispensa combustíveis fósseis contará com aproximadamente 4.800 metros quadrados de placas que fornecerão energia. Além do Sol, o dirigível também usará hidrogênio como combustível.

Além de sua construção sustentável, o dirigível movido a energia solar e hidrogênio também é muito funcional, visto que a ideia é percorrer 40 mil km em 20 dias sem escalas. Durante o dia, suas placas fornecem energia elétrica e o excedente será armazenado em células de combustível que geram hidrogênio através da eletrólise de água.

Dirigível movido a energia solar e hidrogênio está previsto para 2026

Segundo o site oficial da empresa, para evitar momentos de inércia ligados ao uso do hélio, a aeronave é composta por 15 envelopes de gás. Cada um é gerenciado individualmente, possibilitando responder instantaneamente e prever fenômenos meteorológicos. Segundo à Flyng, a equipe responsável pela construção do dirigível que não utiliza combustíveis fósseis espera receber permissão para alçar voo ainda em 2026. É claro que para que isso seja possível, precisará cumprir diversos requisitos.

A construção está prevista para começar já em 2024. Segundo os responsáveis pelo dirigível movido a energia solar e hidrogênio, com partida prevista para 2026, o Solar Airship One sobrevoará mais de 25 países, dois oceanos e vários mares, especificando que, ao longo dessa viagem de demonstração, seu balão passará pela Índia, México, Estados Unidos, Mauritânia, França e Mali, entre outros países.

Além disso, o projeto conta com uma equipe bastante experiente, composta por Bertrand Piccard, que já possui outra aventura famosa, Dorine Bourneton, a primeira piloto acrobática feminina deficiente do mundo e Michel Tognini, um experiente piloto de testes e ex-astronauta do CNES e da ESA.

O projeto visa basicamente preencher uma lacuna no mercado e na indústria aeronáutica. Bourneton destaca que é possível ficar a 6 mil metros, utilizá-lo sem tripulação e ficar no ar por bastante tempo. Outro mercado que o dirigível poderá focar futuramente e que a empresa também olha com interesse é o de transporte de cargas e logística.

Outros projetos de dirigíveis sustentáveis

Em busca de alternativas mais sustentáveis para a aviação, a companhia aérea espanhola Air Nostrum deu um passo importante ao encomendar uma frota de 10 dirigíveis híbridos.

Os balões, da linha Airlander 10, produzidos pela Hybrid Air Vehicles (HAV) com sede no Reino Unido, prometem não apenas gerar um impacto visual marcante, mas também reduzir as emissões em até 90%.

As aeronaves estão previstas para serem entregues em 2026, e a Air Nostrum estima que elas ajudem a empresa a alcançar as metas estabelecidas pela União Europeia no programa “Fit for 55”, que visa reduzir as emissões em pelo menos 55% até 2030.

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