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Companhia de Mineração Viridis investirá R$ 1,35 bilhão na exploração de terras raras em Minas Gerais

A empresa australiana está se preparando para investir R$ 1,35 bilhão na produção de terras raras em Poços de Caldas, Minas Gerais.

by Andriely Medeiros
A empresa australiana está se preparando para investir R$ 1,35 bilhão na produção de terras raras em Poços de Caldas, Minas Gerais.

A Viridis Mineração e Minerais anunciou um investimento de R$ 1,35 bilhão na exploração de terras raras em Poços de Caldas, Sul de Minas, após um protocolo assinado com o governo de Minas Gerais para o Projeto Colossus. O empreendimento visa desenvolver a mineração de minerais importantes para tecnologias de ponta, prometendo não apenas gerar cerca de 120 empregos permanentes, mas também fortalecer a cadeia produtiva local ao longo dos próximos anos. O investimento também impulsionará o estado de Minas Gerais no segmento global de minerais de terras raras. 

Empresa australiana anuncia investimento bilionário para exploração de terras raras em MG

A empresa australiana Viridis Mineração e Minerais está se preparando para investir R$ 1,35 bilhão na produção de terras raras em Poços de Caldas, Sul de Minas. O protocolo de investimentos para o Projeto Colossus foi oficializado em parceria com o governo de Minas Gerais no último dia 29 de fevereiro.

O Projeto Colossus foi criado para desenvolver a mineração de terras raras e elementos na região, com resultados iniciais promissores indicando grandes volumes de recursos essenciais para a fabricação de peças e equipamentos de alta tecnologia.

Esses elementos, conhecidos como ETRs, são fundamentais para as indústrias eletroeletrônica, aeroespacial e de geração de energia renovável. Além do aporte financeiro substancial, o investimento prevê a construção de uma planta de beneficiamento e tratamento de minérios local, garantindo a criação de aproximadamente 120 empregos permanentes.

Isso não apenas fortalecerá a cadeia produtiva da região, mas também atrairá outras empresas que utilizam esses elementos como matéria-prima, gerando mais oportunidades de emprego em Minas Gerais. Com 70 licenças em uma área de 15 mil hectares, a planta de exploração de terras raras deve estar operando em um prazo de 36 a 48 meses.

“Nós já batemos mais de R$ 390 bilhões em investimentos privados nos últimos cinco anos e esses investimentos foram fundamentais para colocar Minas no caminho certo, o estado saltou de 8,8% de participação da economia do Brasil para 9,5%, ganhar market share é muito difícil e aqui nós avançamos bastante”, disse Romeu Zema, governador de Minas Gerais.

Viridis aposta no potencial da mineração de terras raras em Minas Gerais

A Viridis Mineração e Minerais, por meio do CEO Rafael Moreno, destacou a relevância do projeto para incluir Poços de Caldas na nova matriz global de geração de energia verde. As pesquisas em Poços de Caldas indicam resultados promissores no setor, destacando o potencial para desafiar o mercado chinês, que atualmente detém 90% do segmento de terras raras.

“Nosso objetivo é garantir que a cidade de Poços de Caldas, o estado de Minas Gerais, o Brasil e a Austrália se tornem um dos pilares em evolução para o uso de energia limpa no planeta. Agradecemos todo o apoio oferecido pelo governo de Minas e comunidade até então, enquanto nos empenhamos no rápido desenvolvimento de todas as fases deste projeto de impacto mundial”, revelou Rafael Moreno.

Dessa forma, o investimento da Viridis em Minas Gerais sinaliza uma oportunidade para impactar a oferta mundial desses elementos. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, ressalta que o investimento não só agrega valor ao produto como também fortalece a cadeia produtiva e contribui para a atração de mais empresas para a mineração na região. Isso posiciona Minas Gerais como um ponto estratégico no mercado global de terras raras.

De acordo com Passalio, “o investimento prevê a construção de uma planta de beneficiamento e tratamento de minérios no local, o que agrega valor ao produto e ainda potencializa a atração de outras empresas que utilizam esses elementos como matéria-prima para produtos, o que fortalece a cadeia produtiva e gera mais empregos e arrecadação”.

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