Home ENERGIA Combustíveis fósseis e energias renováveis: Marina Silva alerta para urgências no setor energético durante a COP 28

Combustíveis fósseis e energias renováveis: Marina Silva alerta para urgências no setor energético durante a COP 28

Marina Silva destacou a importância de uma instância na UNFCCC para discutir sobre combustíveis fósseis e transição energética a nível global.

by Andriely Medeiros
Marina Silva destacou a importância de uma instância na UNFCCC para discutir sobre combustíveis fósseis e transição energética a nível global

Durante sua participação na 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 28), que termina nesta terça-feira, 12, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou a necessidade urgente de eliminar a dependência global de combustíveis fósseis. Ela defendeu que os países desenvolvidos liderem esse processo e destacou a importância de acelerar o desenvolvimento de energias renováveis e estabelecer uma instância específica na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) para discutir a transição energética nesse setor.

Marina Silva destaca urgência na transição do setor energético na COP 28  

Seguindo a agenda ambiental pela redução das emissões de carbono e investimentos em energia limpa, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva enfatizou a necessidade urgente de reduzir a dependência global de combustíveis fósseis durante sua participação na 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 28) em Dubai. A ministra ressaltou a necessidade de eliminar a dependência de combustíveis fósseis nas economias mundiais.

Ela ainda sugeriu aos países a acelerarem o desenvolvimento de energias renováveis, destacando a importância de produtores e consumidores de petróleo desacelerarem o uso de energias fósseis. A ministra salientou que a liderança nesse processo deve ser assumida pelos países desenvolvidos, já que eles são os maiores responsáveis pelos problemas ambientais no setor energético. 

Na última semana, o Brasil foi alvo de grandes críticas devido à sua postura divergente na COP 28. Apesar de buscar se destacar na agenda ambiental global, o país anunciou sua integração à Opep+, grupo da Organização dos Países Produtores de Petróleo. Esse movimento foi alvo de críticas por parte de ambientalistas, que virou contradição nas ações do Brasil.

A ministra Silva esclareceu a posição do Brasil nas negociações da COP 28. Segundo ela, o país não planeja bloquear propostas para o fim dos combustíveis fósseis, mas defende que o processo de redução comece pelos países desenvolvidos. O Brasil propõe uma abordagem coletiva, reconhecendo que a segurança ambiental não é um esforço individual.

Abordagem coletiva para a transição energética é o foco da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima

Ainda durante a COP 28, Marina Silva destacou a importância de uma instância específica na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) para discutir combustíveis fósseis e a transição energética no setor global. Ela destacou a urgência de todos os países se esforçarem para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais.

A ministra enfatizou que, para alcançar o compromisso de manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C, todos os países devem estar dispostos a fazer concessões. No entanto, ressaltou que essas concessões não podem comprometer o objetivo fundamental de preservar o limite de 1,5 °C. Ainda no contexto da transição energética, Marina Silva reforçou a importância de acelerar o desenvolvimento de energias renováveis.

Ela destacou que a diversificação das fontes de energia é essencial para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e promover um setor mais sustentável. Dessa forma, as falas da ministra Marina Silva na COP 28 destacam a complexidade das negociações globais sobre mudanças climáticas, em meio ao crescimento da indústria tecnológica e à busca por mais matéria-prima para novos produtos.

O Brasil enfrenta atualmente desafios ao tentar equilibrar seu papel como produtor de combustíveis fósseis e seu compromisso com a agenda ambiental internacional. Agora, a busca por soluções coletivas e os investimentos no setor de energias renováveis surgem como boas estratégias para enfrentar os desafios climáticos globais.

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