O Ceará tem se destacado no cenário nacional como pioneiro na produção e no desenvolvimento de projetos relacionados ao hidrogênio verde (H2V), uma fonte de energia limpa e sustentável. Com o apoio ativo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o estado vem conquistando um papel proeminente na transição energética global.
Hub de hidrogênio verde no Complexo do Pecém
Durante a 309ª reunião ordinária do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) em setembro, foi aprovada a implementação do Hub de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém. Essa iniciativa, que representa um marco na busca por energia limpa, teve origem na parceria entre a Fiec, o Governo do Estado do Ceará, a Universidade Federal do Ceará e o Porto do Pecém. A Fiec desempenhou um papel crucial ao incentivar instituições a apoiarem investidores interessados em desenvolver projetos relacionados ao H2V no estado.
Empresas demonstram interesse e comprometimento
Desde o anúncio do Hub, em fevereiro de 2021, 33 empresas já assinaram memorandos de entendimento, demonstrando um interesse sólido em explorar a viabilidade de empreendimentos de hidrogênio verde no Ceará. Alguns avançaram ainda mais, alugando áreas no Pecém e apresentando estudos de licenciamento ambiental. Um exemplo notável é o projeto da companhia siderúrgica do Pecém, agora sob a gestão da Arcelormittal, que planeja produzir aço verde, substituindo o carvão pelo hidrogênio verde.
Ceará: Um polo de projetos de hidrogênio verde
O Ceará se destaca como o primeiro estado brasileiro a reconhecer o potencial do hidrogênio na transição energética global. Atualmente, o estado lidera com a maior quantidade de projetos de geração de hidrogênio em desenvolvimento no país. Um estudo da GIZ, a sociedade alemã para a cooperação internacional, revela que 30 projetos estão planejados para o Complexo do Pecém, dos 57 em desenvolvimento em todo o Brasil.
Investimentos expressivos e potencial global
Esses projetos reúnem gigantes internacionais do setor de energia, com um investimento total estimado em incríveis US$ 30 bilhões. Além disso, o Ceará é considerado um dos lugares mais propícios do mundo para a geração de H2V, graças à colaboração entre o Estado, o setor privado e as instituições acadêmicas. Um fator-chave para esse sucesso é o comprometimento do Porto de Roterdã, que se comprometeu a importar um quarto do hidrogênio produzido no Pecém, fortalecendo ainda mais o atrativo dos projetos no estado.
Projetos em destaque no Ceará
Diversos investimentos já estão em andamento no Ceará. O município de Caucaia está prestes a receber uma planta de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), com um investimento estimado de US$ 900 milhões em sua primeira fase. Essa planta terá uma capacidade instalada de 2.4 GW de eletrólise, para produzir 378.140 toneladas de hidrogênio verde por ano até 2032.
A AES Brasil também está envolvida, planejando estudos de viabilidade para produzir até 2 GW de hidrogênio e até 800 mil toneladas de amônia verde por ano, com foco na exportação para países europeus. Além disso, a gigante australiana da mineração, Fortescue, planeja investir US$ 6 bilhões na instalação de uma usina de hidrogênio verde no Complexo do Pecém, como parte de seu ambicioso objetivo global de produzir 15 milhões de toneladas anualmente de hidrogênio verde até 2030.
Perspectivas promissoras para o futuro
O Ceará, com o apoio visionário da Fiec e sua colaboração com o setor privado e acadêmico, está pavimentando o caminho para um futuro mais limpo e sustentável. À medida que o hidrogênio verde ganha impulso como uma solução vital na luta contra as mudanças climáticas, o Ceará está na vanguarda dessa revolução, demonstrando ao mundo o poder da inovação e da visão compartilhada. Com investimentos expressivos e compromissos sólidos, o estado está pronto para liderar a transição energética global.
