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Cactus Energia anuncia investimento em usina de hidrogênio verde no Ceará com expectativa de gerar mais de 5 mil novos empregos

Parceria entre Complexo do Pecém e a Cactus Energia visa produzir 1,12 GW de hidrogênio verde e 1 milhão de toneladas de amônia por ano.

by Marcelo Santos
Cactus Energia anuncia investimento em usina de hidrogênio verde no Ceará com expectativa de gerar mais de 5 mil novos empregos

Na última quarta-feira, o Complexo do Pecém e a Cactus Energia Verde, uma renomada empresa brasileira do setor de energias renováveis, celebraram um pré-contrato, marcando um avanço para o desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde no Ceará. Essa colaboração, que é a quarta do tipo no âmbito do Hub de Hidrogênio Verde (H2V) do estado, promete não apenas impulsionar a produção de energia limpa, mas também criar milhares de novos empregos.

Capacidade de produção e impacto econômico

O projeto em questão contempla a construção de uma unidade fabril que abrigará 1,12 GW de eletrólise de H2V após sua conclusão, com capacidade para produzir 190 quilotons de hidrogênio renovável e mais de um milhão de toneladas de amônia renovável por ano.

Localizada no Setor 2 da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, essa iniciativa faz parte da Fase I da Cactus e está programada para iniciar suas operações em 2027. Estima-se que durante a fase de construção, o projeto deva criar cerca de 5 mil empregos altamente qualificados, com mais de 600 empregos mantidos após a conclusão.

Investimento no setor de energias renováveis

O investimento necessário para tornar esse empreendimento uma realidade é da ordem de US$ 2 bilhões. “Estamos muito satisfeitos em firmar mais um pré-contrato para consolidar o Hub de Hidrogênio Verde no Ceará. Assinamos anteriormente com a Fortescue, com a AES Brasil, com a Casa dos Ventos e, agora, com a Cactus Energia Verde, quatro grandes empresas que trarão investimentos importantes para toda a região.

É muito gratificante dar mais esse passo no âmbito das energias renováveis e da transição energética, pois sabemos que o hidrogênio verde pode mudar a realidade social e econômica do nosso estado”, enfatiza Eduardo Neves, presidente da ZPE Ceará.

Luís Eugênio Pontes, CEO da Cactus Energia Verde, compartilhou o objetivo da empresa de fornecer hidrogênio e amônia mais limpos e econômicos para atender às demandas nacionais e internacionais. “Estamos orgulhosos em poder participar do Hub de Hidrogênio Verde no Pecém, através da planta eletroquímica Cactus H2/NH3, que reforçará significativamente a produção de energia limpa, impulsionando a transição energética”, afirma o investidor.

O hub de hidrogênio verde do Ceará

Idealizado em fevereiro de 2021 pelo Governo do Ceará, em parceria com o Complexo do Pecém, Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e Universidade Federal do Ceará (UFC), o Hub de Hidrogênio Verde tem atraído diversas empresas interessadas em instalar no Complexo do Pecém, mais especificamente na área da ZPE Ceará, plantas para a produção e distribuição deste que é considerado o combustível do futuro. Até o momento, 33 Memorandos de Entendimento (MoU) já foram assinados, todos para produzir e também exportar hidrogênio verde.

Entendendo o hidrogênio verde

O hidrogênio verde, mencionado neste projeto visionário, é uma forma de hidrogênio produzida através da eletrólise da água utilizando energia elétrica de fontes renováveis, como a solar ou eólica. Esse processo de produção é altamente sustentável, uma vez que não gera emissões de carbono, tornando-o uma peça importante na redução das pegadas de carbono em várias indústrias.

Aplicações do hidrogênio verde

O hidrogênio verde possui uma gama diversificada de aplicações, desde a alimentação de veículos elétricos a células de combustível até o abastecimento de indústrias pesadas, como a produção de amônia, fundamental na fabricação de fertilizantes.

O H2V é uma solução promissora para o armazenamento de energia, permitindo que a energia gerada a partir de fontes intermitentes, como a solar e eólica, seja armazenada e utilizada quando necessário. Portanto, sua produção em larga escala não apenas contribui para a descarbonização de diversos setores, mas também para a construção de um futuro energético mais resiliente e sustentável.

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