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Brasil e Reino Unido fecham acordo promissor para geração de energia limpa e renovável

A parceria entre Brasil e Reino Unido visa a regulamentação e o desenvolvimento da indústria de hidrogênio de baixo carbono no Brasil.

by Marcelo Santos
Brasil e Reino Unido fecham acordo promissor para geração de energia limpa e renovável

No último domingo (3), o Brasil e o Reino Unido anunciaram oficialmente um acordo bilateral de energia limpa que estabelece o “Hub de Hidrogênio Brasil-Reino Unido”. Essa parceria tem como principal objetivo a regulamentação e o desenvolvimento do mercado e da indústria de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. A assinatura ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes.

Um compromisso com a energia limpa

O acordo entre os dois países representa um marco na busca por fontes de energia limpa e renovável, alinhando-se com os esforços globais para combater as mudanças climáticas. A parceria foi formalizada pelo ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e pela secretária de Segurança Energética e Emissões Zero do Reino Unido, Claire Coutinho.

O acordo entre o Brasil e o Reino Unido não se limita apenas à regulamentação do setor, mas também prevê o estímulo ao desenvolvimento tecnológico por meio de pesquisas e ecossistemas de inovação. A parceria também possibilitará o diálogo técnico com o apoio financeiro, visando o desenvolvimento de projetos relacionados à energia limpa e ao hidrogênio.

O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH₂)

O Brasil está atualmente implementando o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH₂), uma política pública voltada para o mercado e a indústria de hidrogênio no país. Para o ministro Alexandre Silveira, essa parceria é fundamental para o Brasil e contribuirá significativamente para a transição energética do país. Ele enfatiza que o Brasil está caminhando na direção certa ao regulamentar o hidrogênio de baixa emissão de carbono e busca tornar-se um exportador de sustentabilidade, criando empregos no país e atraindo investimentos com segurança contratual.

O Brasil sediará importantes eventos internacionais, incluindo o G20, a Reunião Ministerial de Energia Limpa e a Missão Inovação (CEM-MI), além da COP30. Nesse contexto, o acordo com o Reino Unido possui um potencial significativo para promover uma arquitetura financeira global mais robusta, responsiva e acessível para o setor de transição energética.

A perspectiva do Reino Unido

Claire Coutinho, secretária de Segurança Energética e Emissões Zero do Reino Unido, elogiou os esforços realizados pelo Brasil na área de energia limpa. Ela expressou orgulho em colaborar com o Brasil e outras nações no combate às mudanças climáticas. Além disso, ela enfatizou a expectativa de mobilizar um pacote de apoio para acelerar os planos de transição de hidrogênio no Brasil, visando à presidência da COP do Brasil em 2030.

Outra notícia relevante no cenário das energias renováveis é o memorando de entendimento firmado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com instituições financeiras internacionais. Esses acordos, com o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Europeu de Investimento (BEI), podem resultar em até R$ 6,5 bilhões em novos investimentos verdes no Brasil.

Cooperação com o Banco Mundial

A cooperação com o Banco Mundial está voltada para o financiamento de soluções de hidrogênio de baixo carbono no Brasil, abrangendo toda a cadeia produtiva. O acordo prevê a possibilidade de uma linha de crédito de até US$ 1 bilhão, com o propósito de criar um fundo de riscos para apoiar projetos de hidrogênio.

Já a parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI) foca no cofinanciamento de projetos de energia limpa, descarbonização e desenvolvimento da Amazônia. Além disso, inclui o compartilhamento de melhores práticas socioambientais.

Promovendo uma reindustrialização verde

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou que essas parcerias representam uma oportunidade para promover uma reindustrialização verde no Brasil e diversificar a matriz energética, alinhando-se com os esforços globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Esses acordos e parcerias demonstram o compromisso do Brasil em direção a um futuro mais sustentável, impulsionando a inovação, o desenvolvimento tecnológico e a transição para fontes de energia limpa e renovável. A colaboração com o Reino Unido e as instituições financeiras internacionais sinaliza um passo importante na direção de um planeta mais verde e sustentável.

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