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Brasil aposta em incentivos tributários e de pesquisa para avançar com os veículos elétricos no país

Dezembro ganhou destaque no mercado de VEs, com 16.279 emplacamentos, número quase três vezes maior do que o mesmo período de 2022.

by Marcelo Santos
Brasil aposta em incentivos tributários e de pesquisa para avançar com os veículos elétricos no país

O Brasil está entre os 10 maiores mercados automotivos do mundo. A frota nacional é estimada mais de 115 milhões de veículos e o mercado de veículos elétricos tem ganhado um importante destaque. Somente em 2023 houve um aumento de 91% nas vendas em relação a 2022.

Brasil bate recorde em emplacamento de veículos elétricos

Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram registrados 93.927 emplacamentos, somados a veículos híbridos e 100% elétricos, de janeiro a dezembro. Dezembro, inclusive, foi o mês de maior destaque, com 16.279 carros eletrificados emplacados, número quase três vezes maior do que o mesmo período de 2022.

A cidade de São Paulo ocupa a primeira posição no ranking das cidades que mais emplacaram veículos eletrificados no 1º semestre de 2023, com 17,5% do total. Em segundo lugar, Brasília, com 6% – destaque para o emplacamento de veículos elétricos BEV.

Híbridos e elétricos

Dentre as tecnologias disponíveis no mercado de veículos leves eletrificados no Brasil, foram os elétricos plug-in (PHEV) que apresentaram o maior crescimento nos últimos 12 meses. No primeiro semestre de 2023, o mercado brasileiro vendeu 11.475 veículos PHEV, o que representa um aumento expressivo de 206% sobre o mesmo período de 2022 (3.751).

O segmento de veículos híbridos não plug-in (HEV) ainda lidera o número total de emplacamentos no semestre, mas a entrada de novas montadoras no segmento de PHEV agitou o mercado e mudou a participação (market share) entre as tecnologias. Diversos fatores podem explicar esse aumento dos PHEV, entre eles, o maior número de modelos disponíveis, a ampliação dos pontos de recarga e mais informação ao mercado.

Os números demonstram que o mercado plug-in cresceu nos últimos 12 meses no Brasil, seguindo a tendência do mercado europeu e asiático, onde os PEV são predominantes. O crescimento do uso de veículos elétricos em frotas tem dinamizado esse mercado, tendência mundial de mobilidade elétrica já se reflete bem forte no país. Um exemplo é o aplicativo 99, que incorporou veículos BEV da BYD em sua frota em circulação na cidade de São Paulo.

Incentivos, iniciativas e eletropostos

Atualmente, existem algumas iniciativas públicas e privadas de apoio à mobilidade elétrica — como a Rota 2030 e a iniciativa global EV100 —, investimentos e projetos de pesquisa. Além disso, algumas empresas já estão aderindo à frota elétrica como um fator de responsabilidade social corporativa, como Coca-Cola, Correios, Mercado Livre, B2W e DHL, que recebem créditos ou títulos verdes para investimento nas fontes renováveis de energia e até mesmo batem recordes de captação. O sucesso desse tipo de iniciativa é tanto, que investidores de diversos países já afirmaram que desejam dobrar os recursos aplicados em sustentabilidade até o ano de 2025.

Além disso, o número de postos de recarga públicos cresceu 28% no Brasil entre janeiro e agosto, como mostra a pesquisa da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Ao final de dezembro, o país contava com 2.955 pontos de recarga e em agosto esse número chegou a 3.800.

Grandes empresas se unem para ampliar a rede de recarga para veículos elétricos no Brasil

Audi e Porsche, que pertencem ao Grupo Volkswagen, se uniram à Raízen – empresa de energia e licenciada da Shell – para ampliar a rede de recarga para veículos elétricos no Brasil. Com investimentos de R$ 24 milhões, a iniciativa instalará 20 carregadores rápidos em postos Shell, até março de 2024.

Segundo as empresas, a nova rede será formada por carregadores rápidos de 150 kW, que proveem de 0% a 80% da bateria em 30 minutos. Por meio do aplicativo da Tupinambá, os clientes das duas marcas alemãs poderão agendar a recarga e efetuar o pagamento de modo digital. Isso permite o planejamento do usuário e evita filas na hora da operação.

Enquanto aguarda por uma regulamentação mais adequada e incentivos para a transição energética na indústria automotiva, o Brasil tem propostas em andamento no Congresso. Entre elas, está o projeto de lei que incentiva a pesquisa e o desenvolvimento ligados aos veículos elétricos no país.

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