Home INDÚSTRIA Biodiesel: Vice-presidente Geraldo Alckmin defende aumento da mistura para B20 no programa “Combustível do Futuro”

Biodiesel: Vice-presidente Geraldo Alckmin defende aumento da mistura para B20 no programa “Combustível do Futuro”

Alckmin ressaltou a importância dos estudos para aumentar a mistura obrigatória de biodiesel, apontando a meta de B13 para o próximo ano, seguido de B14 e B15.

by Andriely Medeiros
Alckmin ressaltou a importância dos estudos para aumentar a mistura obrigatória de biodiesel, apontando a meta de B13 para 2024.

Em um evento realizado em Passo Fundo (RS) na última sexta-feira (4), o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), reafirmou seu compromisso com o avanço do biodiesel no Brasil, defendendo a elevação da mistura de biodiesel até 20%, conhecida como B20, no “Combustível do Futuro”. Durante o evento, que marcou a expansão da Be8, maior produtora de biodiesel do país, para o mercado de etanol, Alckmin enfatizou a importância de buscar alternativas sustentáveis para o transporte e aviação.

Proposta visa impulsionar uso de combustível sustentável e alternativas verdes no transporte

O programa “Combustível do Futuro”, criado pelo governo federal e mantido da administração anterior, tem como objetivo discutir os mandatos para combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e a incorporação de alternativas verdes ao biodiesel no transporte. O projeto, proposto pelo Ministério de Minas e Energia (MME), liderado por Alexandre Silveira (PSD), também prevê o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina comum, passando de 27% para 30%.

Durante a cerimônia, Alckmin ressaltou a importância dos estudos para aumentar a mistura obrigatória de biodiesel, apontando a meta de B13 para o próximo ano, seguido de B14 e B15. O vice-presidente mencionou ainda que há um estudo em andamento para possibilitar a elevação até B20, enfatizando a necessidade de avançar nas alternativas sustentáveis de combustível.

Alckmin também destacou o exemplo da empresa Amaggi, que já utiliza o biodiesel B100 em sua frota cativa de caminhões na região Centro-Oeste, sob a gestão de Blairo Maggi. Essa iniciativa demonstra que é possível avançar rumo a uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Setor tem em vista antecipar o uso de B15

Embora o prazo estabelecido seja alcançar a mistura de B15 até 2026, o setor de produtores de biodiesel trabalha para antecipar esse aumento. Na quarta-feira (2), representantes desse setor se reuniram com o ministro Alexandre Silveira (PSD) para discutir o Projeto de Lei do “Combustível do Futuro”. No encontro estiveram presentes o presidente da FPBio, deputado Alceu Moreira (MDB/RS), e o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO).

Expansão da Be8 marca investimentos no mercado de etanol e biodiesel na Região Sul

A expansão da Be8, maior produtora de biodiesel do país, para o mercado de etanol é um marco significativo no avanço das alternativas verdes no Brasil. Quando totalmente instalada, a Be8 processará 1.500 toneladas de cereais por dia para produzir 220 milhões de litros de etanol (anidro ou hidratado) e 155 milhões de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal.

O investimento previsto é de R$ 316 milhões na primeira fase de implantação da unidade, que processará diversos cereais da chamada “cultura de inverno”, como milho, trigo, triticale, arroz e sorgo. Além disso, foram anunciados investimentos adicionais de R$ 300 milhões para expandir o projeto com uma linha de produção de glúten vital, associada à produção de etanol.

Essa escolha pela rota de cereais em vez da cana-de-açúcar visa a buscar sinergia com a produção de biodiesel no Rio Grande do Sul e faz parte da estratégia da Be8, que também planeja internacionalizar suas operações com investimentos na Suíça e no Paraguai para produção de biocombustíveis a partir de novas rotas e atendimento ao mercado europeu.

Com as iniciativas lideradas por Geraldo Alckmin e o avanço da Be8 no setor de biocombustíveis, o Brasil caminha rumo a uma matriz energética mais sustentável e alinhada com as necessidades do meio ambiente. A busca por alternativas verdes é fundamental para garantir um futuro mais limpo e saudável para as próximas gerações.

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