Home ÓLEO E GÁS Atraso na venda do Polo Bahia Terra pela Petrobras pode causar perda de 25 mil empregos no setor onshore, diz Abpip

Atraso na venda do Polo Bahia Terra pela Petrobras pode causar perda de 25 mil empregos no setor onshore, diz Abpip

O processo de venda do Polo Bahia Terra pela Petrobras às companhias PetroReconcavo e Eneva foi suspenso e a Abpip alerta agora para a possibilidade de perda de 25 mil empregos no setor onshore caso transação não seja retomada.

by Redação Petrosolgas
O processo de venda do Polo Bahia Terra pela Petrobras às companhias PetroReconcavo e Eneva foi suspenso e a Abpip alerta agora para a possibilidade de perda de 25 mil empregos no setor onshore caso transação não seja retomada.

O cenário de óleo e gás brasileiro está bastante instável nesta terça-feira, (09/08), com o atraso na venda do Polo Bahia Terra, localizado no estado da Bahia, pela Petrobras ao consórcio formado entre as empresas Eneva e PetroReconcavo. Isso, pois a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip) solicitou a averiguação rápida da transação para a retomada do processo, uma vez que estão previstos mais de 25 mil empregos perdidos no setor onshore devido à suspensão da venda. 

Abpip solicita retomada da venda do Polo Bahia Terra pela Petrobras para evitar danos aos empregos do setor onshore brasileiro

O atraso no processo de venda do Polo Bahia Terra pela estatal Petrobras ao consórcio formado entre as empresas PetroReconcavo e Eneva está preocupando entidades e órgãos do setor de óleo e gás brasileiro.

Isso, pois a decisão da suspensão da transação por parte da Justiça poderá impactar na perda de milhares de empregos e no atraso das operações nos campos do polo, essencial para a região nordestina do país. 

Dessa forma, a Abpip e outras dez entidades do ramo de óleo e gás brasileiro assinaram uma carta solicitando a aceleração do processo de averiguação da transação da Petrobras com as empresas, para evitar danos do atraso no setor onshore brasileiro.

A carta se baseia nos estudos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), que apontou em um relatório que os impactos sociais no que tange à geração de empregos podem chegar até 25 mil vagas perdidas, trazendo malefícios ao desenvolvimento socioeconômico do estado da Bahia. 

O Polo Bahia Terra é um dos principais ativos do setor onshore de óleo e gás no Brasil atualmente e é formado por 28 campos terrestres.

Além disso, a região de exploração de combustíveis ainda conta com estações coletoras e de tratamento, parques de estocagem e movimentação de petróleo, gasodutos e oleodutos.

Por fim, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Catu é o grande destaque do complexo de produção, que atualmente está em processo de análise para ser concedido pela Petrobras às empresas PetroReconcavo e Eneva. 

Abpip destaca necessidade de retomada da venda do Polo Bahia Terra no plano de desinvestimentos dos ativos da estatal no Brasil

A Petrobras vem, desde o ano de 2015, aplicando seus esforços para o seu plano de desinvestimento no setor onshore brasileiro.

Concedendo assim boa parte dos seus ativos ao setor privado, como deverá acontecer com o Polo Bahia Terra. Até o momento, o programa já vendeu 194 concessões em 11 estados brasileiros. E rendeu à estatal cerca de 40 bilhões de reais, mas ainda segue nos planos da empresa para sair do segmento onshore e águas rasas no Brasil. 

Assim, a Abpip reforçou a importância do projeto de desinvestimento da empresa em sua carta à Justiça, afirmando que essa movimentação garante ao setor, a oportunidade da entrada de novos investimentos e geração de empregos.

O que está sendo ameaçado com o atraso na venda do Polo Bahia Terra. A associação relembra o período de anos que o processo enfrenta e reforça a relevância da PetroReconcavo e da Eneva no setor. 

A carta da Abpip finaliza: “Compete à Petrobrás tomar todas as medidas possíveis em defesa dos seus interesses e dos interesses do estado da Bahia. Assim, como entidades da indústria e da sociedade civil, sobretudo do estado da Bahia, demandamos agilização da conclusão desse processo licitatório”, e busca conseguir uma movimentação para a retomada do processo.

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